Seguro de vida garante liquidez imediata no planejamento sucessório
A crescente complexidade e o alto custo da sucessão patrimonial no Brasil, que pode chegar a 20% ou 25%, tornam o planejamento prévio uma necessidade urgente, afirma Fernando Kayser, da FHKayser Corretora de Seguros, franqueado da Prudential e convidado da reunião mensal do Comitê da Indústria da ACI, realizada no dia 7. O encontro foi coordenado pelo vice-presidente Cesar Ramos.
Em sua apresentação, Kayser destaca que “morrer no Brasil é caro” e que o pior momento para discutir sucessão é quando ela já está em andamento, especialmente diante de fatores como falta de liquidez, bloqueio de ativos e a consequente dilapidação patrimonial. Segundo o especialista, muitas famílias chegam a vender imóveis abaixo do valor de mercado apenas para cobrir os custos do inventário, o que evidencia a fragilidade da preparação sucessória no país.
Kayser explica que diversas ferramentas estão disponíveis - como holdings familiares, testamentos, doações e previdência privada -, mas nenhuma delas, isoladamente, resolve o principal gargalo: liquidez imediata para cobrir despesas e permitir a continuidade operacional da família e das empresas.
Nesse contexto, o seguro de vida se destaca como instrumento único, pois entrega recursos diretamente aos beneficiários, fora do inventário, garantindo caixa em um momento crítico. Ele ressalta que, no ambiente empresarial, a falta de liquidez pode até comprometer a sobrevivência da companhia. De acordo com o consultor, a solução mais eficiente envolve combinar ferramentas jurídicas com o seguro de vida como peça financeira central do planejamento sucessório. “O empresário pode deixar uma dor de cabeça para a empresa ou um legado de segurança”, ponderou Kayser.
Bolsa Futuro Digital
Outro destaque da reunião do Comitê da Indústria foi a apresentação de João Flávio da Rosa sobre a Bolsa Futuro Digital, do Instituto Hardware BR. Ele tratou do programa de capacitação e residência tecnológica e afirmou que a entidade busca empresas para alocar esses estudantes. Trata-se de uma iniciativa que vai além da formação teórica ao promover experiências reais de mercado para novos talentos da área tecnológica.
O instituto convida empresas parceiras a submeterem desafios práticos, que são desenvolvidos pelos residentes ao longo de seis meses. A jornada formativa ocorre em três etapas: capacitação básica, trilhas avançadas e, por fim, a residência tecnológica, oferecendo aos participantes uma bolsa integralmente custeada pelo programa e, às empresas, a oportunidade de acompanhar e avaliar profissionais em formação. “As empresas não terão qualquer custo e a participação dos alunos pode ser híbrida, mesclando o presencial com o virtual”, complementou João Flávio.
Para adotar um residente, as empresas enviam um desafio, que passa por aprovação e dá origem a um plano de trabalho formalizado. Após a apresentação do projeto aos alunos, eles se candidatam e são selecionados conforme a complexidade da proposta. O instituto reforça que esse modelo cria uma ponte estratégica entre jovens talentos e o mercado de trabalho, aproximando quem forma de quem demanda profissionais qualificados, e fortalecendo um ecossistema de inovação por meio de parcerias ativas e resultados aplicáveis ao setor.
Dia da Indústria e pleitos da ACI
O vice-presidente Cesar manifestou a importância de se iniciar imediatamente o processo de organização do evento relativo ao Dia da Indústria, uma das principais ações do comitê. Na oportunidade, o grupo já começou a sugerir nomes e formato para a iniciativa, que será celebrada em 25 de maio. A ideia é consolidar o evento sendo realizado na data comemorativa e conectá-lo de forma intrínseca ao comitê.
O diretor da ACI, Fauston Saraiva, destacou as diversas iniciativas que a entidade está encampando no momento, em especial as relativas à Reforma Tributária e às medidas para mitigar os efeitos do tarifaço dos Estados Unidos a produtos brasileiros. “Solicitamos o adiamento da implementação da reforma para que as empresas tenham tempo de se ajustar às conformidades. Mandamos correspondência ao ministro Fernando Haddad e temos agenda com a Receita Federal de Novo Hamburgo para tratar do tema. Se não ocorrer a protelação, queremos que ao menos não haja penalidade a quem não se adaptar às mudanças, já que ainda não há regulamentação definida”, detalhou Fauston. Sobre o tarifaço, a ACI segue monitorando a evolução das medidas já solicitadas.