A excelência de um empreendimento começa com a liderança

Por ACI: 19/05/2025

Um evento histórico. Assim pode ser definido o Café da Manhã Gestão de Pessoas realizado na manhã dessa segunda-feira, dia 19, no Espaço Conexão ACI. Essa foi a 40ª edição do evento e teve como pauta a importância de programas de desenvolvimento de lideranças. Everton Zambon, gerente de gestão de pessoas da Universidade Feevale, foi o palestrante do encontro, que teve como moderadoras Luciane Wendling Lipp, gestora de recursos humanos no Grupo Carburgo; e Renata Oliveira, coordenadora de gestão de pessoas na Unimed Vale do Sinos. Ambas são membros Comitê de Recursos Humanos da ACI, responsável pela iniciativa.

Com vasta experiência em gestão de pessoas, Zambon é mestre e doutor pela PUCRS, especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho, e atualmente atua como gerente de Gestão de Pessoas da Universidade Feevale. Ele também é professor, palestrante e consultor em temas como saúde mental, liderança e clima organizacional. "Antes de qualquer coisa, é preciso entender a complexidade do ser humano. Sabendo disso, é necessário um trabalho de formação continuado, com atenção especial à comunicação e em dar ferramentas para que o líder faça a gestão de modo qualificado. E ele precisa também ser valorizado", enfatizou. "É preciso desenvolver a liderança para construir ambientes saudáveis, que promovam segurança psicológica e gerem resultados em nossos times de trabalho", definiu.

Segundo o especialista, na média, de 8% a 10% dos colaboradores acabam atuando como líderes, verdadeiros multiplicadores dos valores da empresa. "O mesmo cuidado na hora da contratação deve ser replicado na hora de escolher líderes. Melhor demorar mais e escolher certo", ponderou. Afora isso, o engajamento da alta cúpula do negócio é vital para um bom programa de desenvolvimento de lideranças. 

Feedbacks constantes e bem estruturados, acompanhamento e reconhecimento contínuo e entendimento da estrutura (física e organizacional) do negócio são elementos balizadores de uma boa jornada na formação de lideranças. "O líder tem que ser protagonista e precisa estar amparado para fazer seu trabalho. O cuidado com a escolha certa dos modelos de interação devem respeitar a realidade de cada negócio e é preciso atentar aos detalhes. Às vezes é o que faz com que o colaborador perceba que ele é importante e estão investindo nele", enfatizou Zambon.

Para se ter um bom programa, é preciso realizar um diagnóstico completo antes do início e ao final de cada ciclo, considerar aspectos financeiros, estrutura do ambiente e presença de facilitadores, avaliar o tempo disponível, o período do ano e a carga horária envolvida e compreender o momento atual da organização para alinhar expectativas e estratégias. Além disso, é necessário elaborar um plano de comunicação eficaz, abrangendo as fases de antes, durante e depois da iniciativa. A partir dos dados obtidos, desenvolver um Plano de Ação baseado em modelos de Gestão de Pessoas (GP), Consultoria Interna e Apoio à Liderança. "Por fim, deve-se monitorar continuamente os indicadores de GP, como: turnover, pesquisa de clima organizacional e absenteísmo", detalhou.

Temas prioritários e valências técnicas necessárias

Confiança, saúde física e mental, resiliência, comunicação Não Violenta (CNV), foco em resultados, gestão da mudança e inovação são temas prioritários para o desenvolvimento organizacional e de liderança. Entre os temas técnicos necessários, destaque para desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais alinhadas à cultura organizacional, gestão da liderança (Agenda People), relações interpessoais entre lideranças (fortalecimento dos times), comunicação efetiva, gestão de conflitos, gestão de performance (com foco em feedback contínuo) e entendimento do ciclo do colaborador — da atração ao desligamento. "Fazer o desligamento é sempre um momento difícil, mas o líder preparado irá conduzir este momento da maneira mais adequada", disse.

Durante a apresentação, o especialista compartilhou insights sobre os principais desafios enfrentados pelas empresas atualmente, com base em dados do relatório Great Place to Work Brasil 2024. Entre os pontos destacados estão o desenvolvimento da liderança, engajamento de equipes, saúde mental dos colaboradores, comunicação interna eficaz e fortalecimento da cultura organizacional.

“O líder precisa ser um agente de transformação do clima organizacional. Quando bem desenvolvido, ele gera impacto direto em engajamento, retenção e performance”, reforçou Zambon. Segundo ele, competências como comunicação assertiva, feedback contínuo, visão estratégica, inovação e gestão de times híbridos são diferenciais esperados dos líderes contemporâneos.

Zambon também apresentou o case da Universidade Feevale, que desenvolve um programa estruturado e contínuo de formação de lideranças desde 2023. Mais de 130 líderes já participaram do ciclo, dividido em cinco grupos com metodologias híbridas, ferramentas de diagnóstico e trilhas de desenvolvimento individual. O programa foi reconhecido com o Prêmio Top Ser Humano 2024 da ABRH/RS e rendeu à instituição o selo Great Place to Work – Educação.

Ao final, o palestrante deixou uma provocação: “A excelência começa com a liderança. Os líderes moldam a experiência. A experiência molda a cultura. E a cultura impulsiona a performance”, citando o relatório do GPTW como inspiração para líderes que desejam crescer junto com suas equipes.

Patrocínio: Valderez Soluções 360, Doctor Clin, Sicredi Pioneira, Sant Saúde, Izabela Lehn Consultoria em LGPD para Empresas e Eccel Restaurantes Empresariais

 

Receba
Novidades