Liderança vai além do cargo: atitude, preparo e empatia moldam gestores de sucesso

Por ACI: 02/10/2025

Ter postura de líder não depende de crachá ou título na porta. O primeiro passo para exercer uma liderança positiva é a atitude — mas ela sozinha não resolve. É preciso investir em capacitação, respeitar processos e cultivar a empatia. Essa foi a mensagem central do consultor e palestrante Giancarlo Kohler, convidado especial do Conecta Regionais: Estância Velha, realizado ontem no auditório da Exatus Contabilidade.

O encontro reuniu dezenas de empresários da cidade e região, sob a coordenação de Gabriel Müller, diretor administrativo da Exatus e vice-presidente da Regional ACI Estância Velha. Logo na abertura, Müller aproveitou para convidar o público a prestigiar a cerimônia de 105 anos da ACI, marcada para 21 de outubro, no Teatro Feevale. A programação inclui a diplomação da gestão 2026/2027, com Robinson Klein seguindo na presidência, e a aguardada palestra do filósofo e escritor Luiz Felipe Pondé, que promete provocar reflexões sobre inovação, crítica e futuro.

Durante sua fala, Kohler destacou que saber delegar é essencial, mas alertou para a diferença entre delegar e “delargar”. “Passar responsabilidades a quem não está preparado é receita para o fracasso. É preciso treinar, acompanhar e testar os profissionais pouco a pouco”, afirmou. Para ele, feedbacks verdadeiros, constantes e humanizados são pilares inegociáveis.

A capacitação, segundo o especialista, continua sendo o grande calcanhar de Aquiles do empresariado brasileiro. “Muitos ainda não enxergam o aprendizado como investimento. E isso trava a evolução”, pontuou. “Eventos como este, um bate-papo e uma palestra, têm enorme valor no desenvolvimento de novas competências.”

Dados preocupantes

Os dados apresentados por Kohler impressionam: quase 70% das pessoas que deixam seus empregos o fazem por conta de chefes tóxicos. Além disso, um terço dos novos contratados não permanece sequer 90 dias no cargo, e 72% dos trabalhadores se declaram insatisfeitos. “Nesse cenário, a participação do líder no recrutamento é decisiva. Reduz erros e aumenta as chances de acerto”, frisou.

Para o consultor, empresas carregam o reflexo direto de seus líderes. “Quem não cumpre horários não pode cobrar pontualidade. O mesmo vale para organização, seriedade e envolvimento”, destacou. Processos bem definidos, comunicação clara e cobranças consistentes, segundo ele, são ferramentas que sustentam a gestão.

Kohler comparou a liderança a uma pirâmide. Na base, está a confiança, sobre a qual se erguem camadas como o incentivo a conflitos produtivos, o comprometimento e a ampliação de responsabilidades. No topo, o resultado — consequência natural do processo. “O exemplo é sempre o maior inspirador dentro de uma empresa”, resumiu.

O palestrante ainda deixou dicas práticas para aplicar no dia a dia: reuniões curtas e frequentes, mesmo sem pauta definida, ajudam a integrar equipes; já o foco excessivo em tarefas operacionais deve ser evitado pelos líderes, que precisam reservar tempo para gestão e planejamento. “É preciso despertar o melhor de cada pessoa, colocando-a no lugar certo, de acordo com seus atributos”, concluiu.

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