Futuro do trabalho

Por ACI: 22/04/2024

Estou participando do Fórum Diversidade Conselhos IBGC Capítulo RS agora em 2024, e fomos brindados com duas palestras de abertura que trouxeram o tema futuro do trabalho. Quais serão os desafios? As tendências? As incertezas?

Penso que este futuro já chegou em todos os RHs de nossas empresas, diante desta sociedade acelerada e que necessita convergir inovação com diferentes gerações no mercado de trabalho. Muito se discute que a Geração Z possui propósitos diferentes de colaboradores sênior e que são fundamentais na cadeia produtiva. Neste debate, como manter a produção? Como planejar a empresa para os próximos dez anos?

A transformação digital necessita de estratégia, capacitação e mudança de cultura para que nossos empregados compreendam que a inteligência artificial não vai suprir o trabalho das pessoas, mas que precisamos aprender a gerir, a ter mais cuidado com as informações, com o manuseio de máquinas que auxiliam na produção, mas que nem sempre encontram técnicos que sabem operar.

Ainda, os debates que envolvem o home office; se veio para ficar, se o melhor regime é o híbrido ou qual o caminho que promete o melhor resultado. Porque, afinal, uma empresa somente se sustenta com resultados, e assim cada uma precisa montar a sua estrutura de governança e dinâmica. Não existe fórmula única, mas certo de que a perenidade dos negócios passa pela inovação e estruturação de estratégias.

O futuro do trabalho já está ocorrendo, muito embora nosso Judiciário Trabalhista esteja com “delei” para um mundo dinâmico, onde a vivência internacional não mais necessita de uma viagem física, propriamente dita, mas quem sabe um simples “zapear” pela internet, afinal novas plataformas de trabalho aparecem todos os dias e, dentro deste mundo acelerado, o futuro do trabalho está na frente do Direito do Trabalho e, certamente, a inteligência coletiva é que será a base da transformação para o futuro.

Nosso grande desafio será o de transformar o indivíduo cada vez mais solitário no protagonista desta mudança. O caminho não será fácil, mas nesse futuro incerto é necessário que nossas empresas possam entender quem é o seu concorrente, se é a empresa tradicional, a empresa vizinha ao lado, os negócios emergentes ou até nós mesmos. Afinal, muitas vezes, a nossa própria concepção do negócio pode ser o fator decisivo na perenidade da empresa em tempos atuais.

Solange Neves - Advogada
Integrante do Comitê Jurídico da ACI-NH/CB/EV/DI
Solange Neves Advogados Associados

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