'Exportação é uma das melhores escolas de competitividade’

Por ACI: 17/03/2023
Foto: Fábio Winter

Na palestra de abertura do Dinner Talking realizado pela ACI na última quarta-feira, 15, em Novo Hamburgo, a consultora em comércio exterior Sheila Bonne enfatizou que a exportação é uma das melhores escolas para as empresas melhorarem a sua competitividade e fazerem um upgrade. “Exportar possibilita confrontar outras realidades, exigências, tecnologias, soluções e concorrentes, sempre com um constante aprendizado”, afirmou.

O evento foi aberto pelo presidente da ACI, Diogo Leuck, e conduzido por Luciane Mallmann, integrante do Comitê de Internacionalização.

Abordando o tema recuperando o protagonismo nas exportações, Sheila citou diversos motivos pelos quais as empresas devem investir em exportação, como elaborar uma estratégia de desenvolvimento, melhorar o aproveitamento de instalações existentes, prolongar o ciclo de vida de produtos, diversificar riscos, aumentar a capacidade inovadora, obter acesso a um perfil mais amplo de clientes e volumes negociados e possível diminuição da carga tributária.

“Para exportar, não basta apenas falar inglês e dar continuidade a uma cultura exportadora que começou de forma inadequada e se mantém até hoje na região”, acrescentou Sheila, citando frases do autor do livro O Exportador, Nicola Minervini: “exportar não deve ser meta de faturamento, mas sim uma estratégia de crescimento da empresa” e “exportar é um antídoto para a crise e não uma saída para ela.”

A especialista destacou as principais vantagens de exportar, como a experiência internacional e agregação de valor à marca, mas alertou para erros comuns que são praticados: não avaliar a capacidade exportadora, não desenvolver a cultura exportadora e pretender resultados imediatos. “O ciclo exportador gera resultados em tempo médio de um ano, ainda que excepcionalmente possa haver conquistas antes", detalhou.

Mindset exportador

Sheila Bonne disse ser necessário desenvolver o mindset exportador, mentalidade que vai além de exportar o produto certo para o mercado alvo. “É a capacidade de identificar a dor do cliente, oferecer sedativo e agir de forma rápida no tratamento”, explicou. A palestrante também enfatizou que exportação sem um olhar sistêmico não se perpetua, o que implica em construir o processo de internacionalização da empresa através de fatores como empresa exportável, produto exportável, capacidade exportadora, avaliação holística de toda a operação, engenharia de preços, preparo técnico, planejamento de compras para mercado interno e mercado externo e política de importação.

A empresa deve avaliar constantemente se está vendendo ou o cliente está comprando os seus produtos, e toda a cadeia produtiva pode auxiliar na retomada do protagonismo das exportações. Fabricante e exportador devem ter objetivos definidos, manter olhar aberto a oportunidades e capacitar-se, por exemplo. Os intervenientes devem atuar mais próximos dos fabricantes e exportadores, para entender o momento atual, orientar e apresentar alternativas. “Já as entidades devem dar suporte, apoio capacitação, qualificação e representação junto às causas necessárias”, concluiu Sheila Bonne. 

Patrocínio: Conexo Logistics e Sicredi Pioneira      

Apoio: Sebrae RS

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