ChatGPT potencializa atuação do advogado, diz especialista em direito digital
Assim como em outras atividades profissionais, o ChatGPT vem inquietando a comunidade jurídica desde o seu lançamento, em outubro de 2022. Mas, para o Dr. José Faleiros Júnior, mestre em direito digital e doutorando em direito pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a ferramenta baseada em Inteligência Artificial (IA) possui potencial grandioso para incrementar a eficiência da atuação dos advogados.
“É um modelo de linguagem que não substitui o ser humano, oferece excelentes possibilidades de uso complementar e agrega valor a diferentes atividades em que se sabe utilizá-la”, disse ao participar de reunião mensal do Comitê Jurídico da ACI, nesta terça-feira, 21, sob a coordenação do vice-presidente Ítalo Bronzatti.
Faleiros alertou para a necessidade de utilização ética dos recursos, como produção de textos, artigos e resumos, e destacou a eficácia do ChatGPT na tradução de textos e no acesso a súmulas de tribunais superiores, por exemplo. Destacou que a versão 4.0, lançada na semana passada, tem potencial para processamento de imagens, como reconhecimento de pessoas e elaboração de retrato falado, por exemplo, o que a torna relevante inclusive na área criminal.
Enfatizou que o nível de detalhamento das respostas depende da precisão da pergunta feita e que a base de dados da ferramenta possui um período de defasagem temporal, o que significa que muitas respostas serão imprecisas e não atenderão ao desejado pelo usuário, que poderá receber a orientação de consulta a especialista.
A reunião do Comjur contou com a participação de duas novas integrantes - Dra. Daniela Baum e Dra. Solange Neves – e deu início à formatação de um evento de integração com os demais escritórios de advocacia associados à ACI. O formato, a data e o tema do evento estão sendo definidos e serão divulgados em breve.
A Dra. Cláudia Bressler, representante da ACI no Comitê Municipal de Defesa do Consumidor (Condecon), relatou decisão da Secretaria Municipal da Fazenda de transferir os recursos do Fundo Municipal de Defesa do Consumidor (R$ 1,8 milhão), assim como de outros, para o caixa único, conforme possibilidade expressa na Emenda à Constituição 137/2022, atitude considerada, no mínimo, imoral. Um ofício foi encaminhado à Procuradoria Geral do Município e os integrantes do Condecon aguardam a resposta.