ACI solicita audiência com cônsul dos Estados Unidos no Brasil

Por ACI: 15/07/2025

A ACI encaminhou carta ao Encarregado de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Gabriel Escobar, nesta terça-feira, 15, em que solicita, em nome dos seus associados e em solidariedade a milhares de empresas brasileiras impactadas, a abertura de um canal diplomático direto entre o Governo dos Estados Unidos da América e as entidades de classe e federações representativas do setor produtivo nacional.

“Tal iniciativa permitiria a construção de uma agenda transparente, técnica e pragmática, voltada à resolução de entraves comerciais e à preservação das históricas relações de parceria econômica entre os dois países”, explica o presidente da ACI, Robinson Klein, que assina a carta, juntamente com o diretor Fauston Saraiva.

A entidade reitera que o empresariado brasileiro preza pelo livre comércio, pela segurança jurídica e pelo fortalecimento dos laços bilaterais com os Estados Unidos da América. E, nesse sentido, manifesta ainda o interesse em agendar uma audiência com o cônsul dos Estados Unidos no Brasil, para apresentar pessoalmente os pleitos do setor e propor caminhos viáveis para a retomada do equilíbrio comercial.

Veja a seguir o documento na íntegra.

Novo Hamburgo, 15 de julho de 2025.

 À Sua Excelência o Senhor Gabriel Escobar, Encarregado de Negócios, a.i., na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília-DF

Assunto: Solicitação de Abertura de Canal Diplomático com Entidades Empresariais Brasileiras

Excelentíssimo Senhor Gabriel!

A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos (ACI-NH/CB/EV/DI), entidade representativa de mais de 1.100 empresas associadas nos referidos municípios da Região do Vale do Sinos, no estado do Rio Grande do Sul, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência manifestar preocupação quanto às recentes decisões que resultaram na imposição de uma alíquota de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos da América.

Compreendemos que tais medidas estejam, em parte, relacionadas a desdobramentos da política externa do atual governo brasileiro. No entanto, cumpre-nos expressar que o setor empresarial, motor da economia real, não deve arcar com os custos de decisões tomadas sem sua participação e que afetam diretamente sua competitividade, sustentabilidade e capacidade de manter empregos e gerar desenvolvimento.

É nesse contexto que solicitamos, em nome dos nossos associados e em solidariedade a milhares de empresas brasileiras impactadas, a abertura de um canal diplomático direto entre o Governo dos Estados Unidos da América e as entidades de classe e federações representativas do setor produtivo nacional. Tal iniciativa permitiria a construção de uma agenda transparente, técnica e pragmática, voltada à resolução de entraves comerciais e à preservação das históricas relações de parceria econômica entre os dois países.

Reiteramos que o empresariado brasileiro preza pelo livre comércio, pela segurança jurídica e pelo fortalecimento dos laços bilaterais com os Estados Unidos da América. Nesse sentido, manifestamos ainda o interesse em agendar uma audiência com o cônsul dos Estados Unidos no Brasil, para apresentar pessoalmente os pleitos do setor e propor caminhos viáveis para a retomada do equilíbrio comercial.

Alternativamente, solicitamos a revisão da decisão que estabelece a taxação de 50% sobre os produtos brasileiros, entendendo que tal medida, além de penalizar injustamente as empresas, compromete cadeias produtivas inteiras e o espírito de cooperação entre nações amigas.

Na certeza da atenção de Vossa Excelência e confiando em sua compreensão quanto à urgência e relevância do tema, subscrevemo-nos.

Atenciosamente,

Robinson Oscar Klein, presidente

 Fauston Gustavo Saraiva, diretor

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