Manifesto pela compra e aplicação das vacinas

Por ACI: 05/03/2021

A ACI-NH/CB/EV, através de seu Gabinete de Gestão de Crise, dirige-se, desde o início da pandemia, pautando questionamentos, antecipações e modelos que possam trazer respostas pertinentes em prol de soluções para a crise sanitária e econômica instalada a partir do surgimento da Covid-19 e seus impactos.

Foram movimentos consistentes em prol do acesso aos exames, às máscaras e ao álcool em gel, assim como a criação de salvaguardas, através de liminares judiciais, contra a desproporcional carga tributária estadual e federal, que seguiu inalterada mesmo durante a pior crise. Dentre muitas ações de relevância, desenvolveu também protocolos de prevenção rigorosa da saúde, ombreada com as demais entidades da indústria, do comércio e do setor de serviços.

Todas as iniciativas ocorreram calcadas numa equipe voltada à busca de soluções com maturidade, foco e equilíbrio, com resultados em prol da saúde, da normalização da vida e, consequentemente, dos negócios. O abalo das incertezas sobre a possibilidade de abrir os negócios e o faturamento das empresas foi crítico e demasiado longo. Como consequência, milhares perderam seus empregos desde março de 2020.

É inescapável ligarmos o agudo aumento do número de moradores de rua em Porto Alegre - 38,73% de 2019 para 2020 - à crise social desencadeada pelo fechamento de negócios e redução de ofertas de postos de trabalho.

Encontramo-nos, agora, num novo momento, em que os reflexos da inconsequência das aglomerações do verão de 2021 e da falta de observação dos protocolos básicos de prevenção pelos cidadãos revelam-se através dos indicadores de infectados, hospitalizados e mortos, apresentando a drástica aceleração verificada nos gráficos diários de acompanhamento.

Todavia, o grande diferencial do cenário do ano de 2020 para cá foi o célere desenvolvimento de vacinas eficazes no combate à doença em âmbito internacional.

A comunidade científica obteve êxito num prazo inimaginável, se considerarmos as difíceis etapas para a elaboração e testagem final das vacinas para um vírus novo e complexo. Temos, portanto, um cenário de esperança e passível de planejamento à frente, o que era impossível no ano passado.

Acreditamos e cobraremos das autoridades não só o direito à liberdade de trabalhar em nossos negócios, mas, principalmente, a compra e aplicação das vacinas. Sejam elas dos laboratórios que forem, desde que validadas pela Anvisa, nós cobraremos as vacinas e o planejamento de compras e distribuição destas, que são, sem sombra de dúvida, o líquido mais precioso em nossa realidade presente.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou que, até o final de abril, 60 milhões de doses de vacina serão adquiridas e, esperamos, também distribuídas com a adequada logística.

Cabe aos governadores e prefeitos, que meritoriamente buscaram antecipar a compra de doses para imunização de suas populações, também manter os esforços para avançar nos volumes, nas negociações e na aplicação destas vacinas, tão essenciais para a superação deste momentoe trazer um horizonte a todos nós!

Não é essa a hora para dividir esforços ou antecipar o pleito político de 2022. Essa hora precisa andar tão somente em função do cidadão, do Brasil e da nossa saúde. Por isso, que venham mais vacinas e que se afastem as claras contendas partidárias ao largo.

Porque acreditamos num Brasil de sucesso!

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