Soluções para empresas exportadoras financiarem produção e evitarem custos financeiros e variação cambial
Por ACI: 12/07/2022
As instituições financeiras, entre elas o Sicredi, disponibilizam soluções que permitem às empresas exportadoras financiar o seu processo produtivo e livrar-se de custos financeiros e variações cambiais, e o acesso a elas é fácil.
A ênfase é do assessor de negócios internacionais do Sicredi, Carlos Bruno da Silva, palestrante do webinar que a ACI realizou nesta terça-feira, 12, com a moderação da vice-presidente de Infraestrutura, Gladis Killing, em que estiveram presentes cerca de 50 profissionais ligados a empresas associadas.
Conforme Silva, as soluções financeiras mais utilizadas são o Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) e a Trava de Câmbio, mas existem outras, como o Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE), o pagamento antecipado e a Cobrança Internacional e Carta de Crédito.
“O ACC é um adiantamento concedido ao exportador em moeda nacional, por conta de uma exportação futura, de modo a financiar o processo produtivo da empresa, mediante a celebração de contrato de câmbio, na fase pré-embarque”, explica, destacando que ele destina-se a pessoas físicas ou jurídicas com negócios no exterior que necessitam de capital de giro e/ou recursos para financiar a fase de produção da mercadoria.
A solução tem prazo de 360 dias, mas a maioria das instituições financeiras opera com 180 dias. Dois dias após a assinatura do contrato de câmbio, a empresa recebe em sua conta corrente o valor correspondente em reais da operação, livrando-se de custos financeiros e da variação cambial. Quando o cliente internacional faz o pagamento em dólar, o valor é utilizado para a liquidação do ACC.
Trava de câmbio
- Tem por finalidade garantir o preço do câmbio (taxa) de um recebimento futuro de exportação.
- Tomadores são pessoas físicas ou jurídicas que realizem exportações e os prazos variam conforme exportação.
- Recursos provêm de linhas de crédito de bancos estrangeiros e a formalização se dá por meio de contrato de compra com garantias deferidas pela operação.
“Os pré-requisitos são operar câmbio, possuir conta corrente no banco há pelos menos 180 dias e/ou ser tradicional no comércio exterior. Além disso, o associado deve ter cadastro no banco para operações iguais ou superiores a R$ 10 mil e, para operações de financiamento/garantia (ACC, ACE e Trava), é realizada análise de crédito”, destaca o assessor de negócios internacionais do Sicredi.
Benefícios dos negócios internacionais
Carlos Bruno diz que, com a internacionalização, as empresas rompem as barreiras geográficas e têm benefícios como aumento de vendas e market share, crescimento de produtividade, menor dependência do mercado interno, melhoria qualidade do produto e possibilidades de utilização de incentivos fiscais. Para o país, a exportação permite o equilíbrio da balança comercial (importações x exportações)
Alerta, porém, que, para obter sucesso nos negócios internacionais, o empresário precisa conhecer sobre câmbio, que é a troca da moeda de um país pela de outro, com base em uma taxa de câmbio. “Decorre basicamente da internacionalização do comércio em confronto com a nacionalidade da moeda e pode-se dizer que a taxa de câmbio é o preço de uma moeda em relação a outra”, enfatiza. As instituições financeiras possuem uma tarifa de edição do contrato de câmbio, que é registrado no Banco Central, e negociação de compra da moeda ofertada.
Sistema interbancário
Todas as operações de exportação são feitas pelo chamado sistema interbancário, que evolve instituições financeiras de todo o mundo, as quais têm contas de depósitos internacionais. “O primeiro passo da empresa para a exportação é a abertura de uma conta no canal interbancário para receber créditos internacionais”, destacou Carlos Bruno.
Conforme ele, há três tipos de despesas internacionais de transferências entre instituições bancárias que o empresário precisa conhecer.
OUR (emissor) - Todos os custos da transação bancária são cobradas do emissor (contratante). Com essa modalidade, o beneficiário recebe o valor total da transferência
SHA (shared) - O emissor e o beneficiário irão dividir o valor total dos custos da transação bancária. Com essa modalidade, o emissor pagará por metade do valor cobrado pelos bancos e o beneficiário receberá o valor da remessa enviada, com desconto da metade do valor cobrado pela transação.
BEN (beneficiário) - Com essa modalidade, o beneficiário é responsável por arcar com os valores dos custos da transação bancária. Ele irá receber o valor da transferência realizada pelo emissor com o desconto do valor cobrado pelos bancos.
Patrocínio do webinar: Sicredi Pioneira