Instituto Ayrton Senna faz apresentação a comitê da ACI
A reunião mensal do Comitê de Educação e Cultura da ACI, realizada hoje, dia 4, no Espaço Conexão, contou com a apresentação do Instituto Ayrton Senna. Participando remotamente, Mariana Vitarelli, gerente de canais da instituição, falou sobre os projetos da entidade, que atua há 30 anos e já realizou mais de 36 milhões de atendimentos. O instituto se mostrou aberto a parcerias e ações conjuntas com entidades da região.
Segundo Mariana, a instituição trabalha com pesquisa e inovação, disseminação do conhecimento e mobilização, tendo como pilares a alfabetização, a recomposição da aprendizagem e a perspectiva socioambiental como tema transversal. Ela fez uma analogia entre a Fórmula 1 e a educação, na qual a criança seria o piloto, com grande potencial e atributos, mas que precisa de um carro (educação) e de uma equipe de qualidade (professores, pais, gestores etc.) para alcançar a melhor performance possível. “O Ayrton não chegou a ver o sonho do instituto concretizado, mas falou à irmã, Viviane Senna, sobre a ideia de dar às crianças oportunidades para evoluírem, a exemplo das que ele teve ao longo da vida”, recordou.
A secretária de Educação e Cultura de Campo Bom, Mara Daubermann, que integra o comitê, falou sobre a parceria com o instituto, retomada em 2025. Ela elogiou os projetos desenvolvidos em conjunto e destacou que essas iniciativas não têm custo para o município e geram ganhos efetivos na gestão da educação. “Éramos parceiros do instituto desde o final dos anos 1990 até 2008. Agora retomamos a parceria, muito positiva. A ênfase que o instituto cobra em relação a números e métricas de avaliação, ainda que haja alguma resistência natural na área, é importante para avançarmos”, ressaltou. A vice-presidente do comitê, Cristine Schneider da Rocha, corroborou a opinião da secretária de Campo Bom. “Esses indicadores apontam pontos de atenção e permitem, eventualmente, a correção da rota”, complementou.
Centenário de Novo Hamburgo
Na reunião também foi anunciado que um grupo de trabalho iniciará, na próxima semana, uma agenda de encontros voltados às comemorações do centenário de Novo Hamburgo, que será celebrado em 2027. Participarão da equipe, além da ACI, a Prefeitura de Novo Hamburgo, o Sindilojas, a CDL, a Feevale e a Fenac. O objetivo é organizar coletivamente uma programação, com início em abril de 2026 e encerramento em abril de 2027. “Queremos que as ações sejam complementares e não concorram entre si”, detalhou Cristine. Um livro sobre o centenário da cidade e uma possível apresentação da OSPA no município foram algumas das ideias já mencionadas, apresentadas pelo assistente comercial da ACI, Derek Kaue.
A vice-presidência também destacou as exposições do Projeto ACI em Arte, realizadas no Espaço Conexão. A mostra Miçangô Social, em que jovens personalizaram calçados brancos como telas, com apoio da Ramarim, foi sucedida pela exposição Azul e Roxo, da artista Carin Toscani, colaboradora da ACI. Na sequência, estão previstas exposições da Fundação Semear e de um artista de Ivoti que trabalha com o barro das enchentes de 2024. Ainda este ano, haverá também uma mostra de presépios, reunindo diferentes estilos e formatos.
Outro assunto em destaque foi o evento de encerramento do Projeto ACI Talks em 2025, previsto para 8 ou 9 de outubro, no Teatro Feevale. O encontro contará com a presença da sapiranguense Luiza Barbosa, finalista do programa The Voice Kids em 2019, e deverá reunir cerca de 1.200 pessoas.
Institucional
O diretor da ACI, Fauston Saraiva, participou da reunião e apresentou um breve relato sobre ações institucionais da entidade. Ele destacou a mobilização da ACI para mitigar os efeitos do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. No dia 7, por exemplo, uma comitiva foi recebida pelo cônsul-geral dos EUA em Porto Alegre, Jason Green, ocasião em que foram apresentados estudos sobre os prejuízos da medida e estabelecido um canal de diálogo.
Já no dia 28, a entidade enviou correspondência ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, manifestando preocupação, solicitando providências urgentes e propondo uma agenda para discutir alternativas que fortaleçam o setor produtivo nacional. “Fomos os primeiros a tomar ações concretas. Por não contar com verbas públicas, nossa entidade tem a isenção de se posicionar, sempre em defesa do empresariado e do desenvolvimento da região”, ressaltou.
Fauston também mencionou a participação da entidade na abertura oficial da Gerontofair, ontem. A mostra realizada em Gramado é dedicada à economia prateada, voltada ao público com 50 anos ou mais. “Trata-se de um segmento que movimenta mais de R$ 3 trilhões ao ano só no Brasil e que seguirá crescendo. Diante desse cenário, é preciso que as empresas se preparem para esse fenômeno e aproveitem o potencial desse mercado”, finalizou.