Inovar agora é imaginar o que antes não era possível

Por ACI: 28/10/2025

A revolução proporcionada pela popularização do uso da Inteligência Artificial (IA), comparável em importância ao surgimento da eletricidade, está abrindo novas fronteiras para a inovação. Segundo o CEO da Cigam Software Corporativo e presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha e Ivoti, Robinson Klein, “inovar agora é imaginar o que antes era impossível”. Ele foi palestrante do painel promovido hoje, dia 28, pelo Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Industriais e Agrícolas de Novo Hamburgo e Região (SinmaqSinos), na Arena Interativa da Mostratec-Liberato 2025.

Na avaliação do dirigente, as novas tecnologias abriram perspectivas até então inimagináveis, e os gestores precisam saber aproveitar esse momento, focando nos problemas que a IA pode resolver ou minimizar. “O bem mais precioso, que ninguém pode comprar, é o tempo. E a IA pode nos dar mais tempo para o que realmente importa”, avaliou, lembrando que as empresas precisam identificar justamente os pontos que mais comprometem a performance e concentrar neles os esforços.

O presidente da ACI fez um breve resgate histórico de sua trajetória, justamente para reconhecer e valorizar eventos como a Mostratec. Em 1985, na primeira edição da mostra, ele foi o vencedor com um projeto de um dispositivo de reconhecimento de voz para acionamento elétrico. “Aquela conquista abriu portas profissionalmente, que resultaram na criação da empresa Cigam. Esses momentos sempre geram impactos positivos e devem ser valorizados”, ponderou, referindo-se à Mostratec."Ninguém faz inovação sozinho", complementou.

Robinson relatou também a viagem que realizou no ano passado ao Vale do Silício, na Califórnia, onde teve a oportunidade de conhecer algumas das mais avançadas tecnologias e dialogar com gestores de grandes corporações de tecnologia que estão na vanguarda da inovação.

Ao citar ensinamentos de uma aula em Stanford, destacou algumas das principais tendências para o futuro da tecnologia: a redução absolutamente drástica do custo da IA — de 100 a 1.000 vezes nos próximos quatro anos — e o destino dos softwares, que deixarão de ser um diferencial competitivo. “As empresas precisam inovar em marca, ecossistemas, execução e vendas — áreas em que a IA não deve ser absoluta”, explicou.

Robinson apresentou ferramentas e metodologias para a adoção estratégica da IA. Uma das abordagens sugeridas é o framework 10/10: ações rápidas em 10 dias, provas de conceito em 10 semanas e transformações robustas em até 10 meses, sempre com foco em ROI (retorno sobre investimento). A principal barreira, segundo ele, ainda é o comportamento humano, naturalmente refratário a mudanças, além da prática equivocada de adotar IA sem um problema real a ser resolvido.

Ele também reforçou a necessidade de se criarem ambientes amigáveis à inovação e à tecnologia, com maior incentivo e menores barreiras burocráticas. Os chamados sandboxes — regiões abertas à experimentação e permissivas à inovação — são essenciais nesse contexto. “A inteligência artificial não substitui o humano; ela expande o que significa ser humano”, finalizou.

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