Importantes ensinamentos do livro Dar e Receber, de Adam Grant

Por ACI: 01/12/2025

A última reunião do ano do Comitê de Jovens Empreendedores da ACI, realizada hoje, dia 1º, no Espaço Conexão, teve como um dos destaques a análise do livro Dar e Receber – Uma Abordagem Revolucionária sobre Sucesso, Generosidade e Influência, do psicólogo organizacional e professor norte-americano Adam Grant. O encontro também marcou a despedida da vice-presidente Marceli Luana da Rosa à frente do comitê, após dois anos de liderança. A partir de 2026, quem assume o comando é Maiara Nunes Pereira (Diplast), que estará à frente do grupo no biênio 2026–2027.

O momento foi de balanço e de projeções. Os integrantes revisitaram os principais aprendizados do ciclo que se encerra e já avançaram nas primeiras ideias de ações e iniciativas para o próximo período. Em tom de agradecimento, Marceli destacou o engajamento do grupo. “Creio que tivemos sucesso nessa jornada. E seguiremos apoiando e participando do grupo”, afirmou. Entre os pontos ressaltados pelos participantes estiveram o fortalecimento das amizades, a troca constante de boas práticas e a busca conjunta por soluções para desafios comuns.

No debate sobre o livro, Jacson Cavalheiro (Bossa Gente e Gestão) e Tiele Cristh Maia (Agaeme Residencial Sênior) apresentaram suas percepções sobre a obra. Para eles, o modelo proposto por Grant evidencia três perfis que moldam as relações no ambiente de trabalho. “É importante entender que todos temos um pouco de cada perfil”, observou Jacson. Tiele reforçou: “Por isso mesmo, não devemos demonizar ou endeusar nenhum deles.”

Segundo a dupla, os tomadores são movidos por ambição, foco em resultados e desejo permanente de crescimento. Embora contribuam com energia competitiva e inconformismo que impulsionam metas, tendem a priorizar interesses próprios, enxergam relações como transações e buscam reconhecimento individual. Entre as limitações, destacam-se o risco de tensionamento no clima organizacional, a redução da colaboração e a dificuldade de construir credibilidade, especialmente quando adotam postura de comando e controle.

Doadores e compensadores

Os doadores representam o extremo oposto: orientam suas ações pelo impacto positivo no coletivo. Criam conexões genuínas, fortalecem a confiança e lideram pelo exemplo, compartilhando conhecimento e apoiando o desenvolvimento dos colegas. Porém, podem enfrentar dificuldades ao estabelecer limites, evitar conflitos e assumir conversas difíceis, o que compromete a assertividade. Ainda assim, são peças-chave para ambientes colaborativos e culturas organizacionais mais saudáveis.

Já os compensadores buscam o equilíbrio. Ajudam quem os ajuda e se destacam como mediadores, capazes de regular o ambiente social e evitar comportamentos extremos. O ponto frágil aparece quando tudo se torna cálculo: retraem-se diante da falta de reciprocidade e podem transformar relações em algo excessivamente transacional, reduzindo a espontaneidade da colaboração.

Entre as recomendações finais apresentadas, Jacson e Tiele ressaltaram a importância da autoconsciência como ponto de partida para compreender os diferentes perfis e reconhecer que cada estilo traz forças e fragilidades. “Mudar de perfil não é o objetivo, mas ampliar a capacidade de extrair a melhor versão de si e do time”, destacou Jacson. Como sugestões práticas, citaram pequenos gestos de generosidade, como os “favores de 5 minutos”, programas de reconhecimento, participação em comunidades colaborativas e a criação de “anéis de reciprocidade”, encontros curtos para troca de insights e apoio mútuo. Tiele complementou: “Reconhecer nossas limitações e pedir ajuda com mais frequência é outro ensinamento essencial.”

Para a dupla, grupos que se tornam estrategicamente mais doadores elevam significativamente seus níveis de resultados, oportunidades e impacto coletivo.

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