IA é nova fronteira dos negócios, mas não vai substituir pessoas

Por ACI: 26/03/2024

O presidente da ACI e CEO da Cigam Software Corporativo, Robinson Klein, foi um dos palestrantes do 1º Fórum de Inteligência Artificial da Universidade Feevale, realizado na última segunda-feira, 25, no Teatro Feevale, em Novo Hamburgo, com grande presença de profissionais.

No painel sobre os impactos da tecnologia no mundo corporativo, Klein enfatizou que a IA é a nova fronteira dos negócios e que, pela alta capacidade de resolver e evitar problemas, deve ser usada a favor, sem medo de que ela possa substituir pessoas.

“A IA é um algoritmo que aprendeu a fazer algoritmos. O mundo está aprendendo e ensinando a IA 24/7. Agora, ela está aprendendo a aprender”, disse. Citando a frase ‘Estamos na era da pedra lascada da IA, mas o futuro chega em 800 dias’, do especialista em transformação digital Silvio Meira, Klein enfatizou isso significa que os líderes empresariais que ficarem esperando para ver se “esse negócio de IA” vai dar certo em três anos não vão mais conseguir entender o cenário competitivo.

Na próxima fronteira dos negócios com IA, a lógica é a mesma que a atual: os negócios mais produtivos são mais rentáveis, porque a IA exponencializa a produtividade. Para vencer a próxima fronteira, é necessário entender que tem-se à disposição uma nova dimensão da inteligência, em que a mudança é a mais rápida já vista. Mas a IA não vai substituir pessoas. Vai, sim, expandir a sua inteligência, isto é, a capacidade de fazer as coisas, sejam elas atuais ou novas. “Sem dúvida, a IA vai tirar o mundo do seu ciclo de produtividade estagnada”, enfatizou Robinson Klein.

Transformando negócios

Destacando pesquisa segundo a qual a inteligência artificial já é parte do dia a dia de 74% das MPMEs brasileiras, Robinson Klein desafiou os participantes a imaginarem como seriam os seus negócios se tivessem inteligência ilimitada e enfatizou que, hoje, as perguntas e respostas são outras. “Se você não está usando mais inteligência, saiba que os outros estão e o mundo vai continuar correndo”, alertou.

O presidente da ACI também esclareceu que, enquanto a IA evolui exponencialmente e segue uma lógica previsível, os humanos evoluem organicamente adaptados e são incrivelmente criativos e imprevisíveis. Isso indica que, ao contrário do se possa pensar, a IA não vai substituir as pessoas, mas ampliar sua capacidade de criar e produzir.

“Temos habilidades muito além da inteligência, como desejo, sentimento, empatia, carisma, intuição, dispersão, emoção e coisas do coração. Inteligência emocional, cérebro e capacidade de fazer inovação radical, incremental e disruptiva. Esta última, aliás, a IA não consegue fazer, sendo uma atividade exclusiva das pessoas. Nem temos consciência de todo potencial de nossa mente", justificou.

Ao finalizar, Klein citou a frase “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”, de Charles Darwin. Com a inteligência artificial, também é assim. Quem melhor se adapta a ela pode utilizar todas as suas funcionalidades a seu favor e evoluir. 

 

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