Estratégias que tornaram Artecola a 2ª empresa brasileira mais internacionalizada
Por ACI: 05/11/2025
Palestrante do 22º Dinner Talking, realizado pela ACI nesta terça-feira, 04, o presidente executivo da Artecola, Eduardo Kunst, revelou no evento as estratégias que tornaram a empresa multilatina com 77 anos de história a segunda colocada no ranking de internacionalização das multinacionais brasileiras, com índice de 0,656, que indica participação superior a dois terços dos negócios internacionais no faturamento.
“Internacionalização não é só vender para o exterior. Inclui alianças, observar em tempo real o que está acontecendo no mundo e trazer para a realidade da empresa”, disse aos participantes do evento, no Restaurante Swan Novo Hamburgo. O presidente Robinson Klein fez a abertura e, em seguida, passou o comando da atividade à vice-presidente de Internacionalização, Shela Bonne, que agradeceu a presença dos profissionais e destacou a importância de patrocinadores e apoiadores do Dinner Talking.
Na palestra Da atuação doméstica ao posto de 2ª empresa brasileira mais internacionalizada, Eduardo Kunst enfatizou que não há um modelo único de internacionalização que sirva para todas as organizações. “O importante é tomar a decisão de internacionalizar. Se não fosse uma decisão estratégica a que tomamos em 1997, teríamos desistido diante da complexidade e de negociações que, em alguns casos, chegaram a durar 10 anos”, acrescentou.
O presidente executivo da Artecola também destacou a importância de ter um plano de internacionalização, ajustar-se ao cenário econômico e ao ambiente local e seguir em frente, apesar das adversidades. “No nosso caso, a persistência foi fundamental para chegarmos onde chegamos”, explicou.
Linha histórica
O processo de internacionalização da Artecola teve início em 1997, com a decisão estratégica de investir no exterior e crescer através de novos negócios. Naquele ano, a empresa abriu um centro de distribuição na Argentina e, em 2002, adquiriu simultaneamente plantas industriais em Buenos Aires e San Luiz. Desde então, a atuação internacional só cresce. “Já efetuamos 14 aquisições de empresas no exterior”, informou Eduardo. Atualmente a Artecola mantém oito plantas industriais em cinco países e exporta para mais de 20 países na América Latina, seu foco de atuação.
Desafios da internacionalização
Na palestra, Eduardo kunst também destacou os principais desafios enfrentados para a ampliação e consolidação dos negócios internacionais, como a falta de profissionais treinados para assumir funções gerenciais no exterior e a falta de conhecimento/expertise dos mercados e dinâmicas locais. Outros desafios citados são adaptação às culturas locais e das empresas adquiridas, adequação da gestão: de nacional para multinacional; consolidação da marca Artecola e suporte de base, como líderes, controles, processos, qualidade, gestão financeira, tecnologia e inovação.
Assim como no Brasil, também foi vital para o sucesso da empresa no exterior a decisão de sair de todos os negócios que não estavam alinhados com o seu core business, em 2016, que são as áreas químicas e de laminados e extrusados. Dessa forma, hoje, a Artecola, atua em sete mercados. O calçadista, em que teve origem, continua sendo relevante, mas divide espaço nos negócios com automotivo, papel e embalagem, mercearia e hobista, moveleiro e madeireiro, construção civil e agro.
A linha de produtos compreende adesivos industriais e de varejo (hot melt, base d´agua e base solvente, selantes e espumas e especiais) e laminados e extrusados, formada pela linha Ecofibra (materiais sustentáveis 100% recicláveis) e por bobinas e placas para termo conformação.
Patrocínio: Conexo Logistics, Sicredi Pioneira e Cigam Software Corporativo
Apoio máster: Sebrae RS
Apoio: Izabela Lehn Consultoria em LGPD para Empresas