Educação pública fez a diferença na vida de profissionais da região
A educação pública fez a diferença na vida de milhares de profissionais do Vale do Sinos, entre eles o pintor Ernesto Frederico Scheffel, cujas obras estão expostas na fundação que criou em 1978, em Hamburgo Velho. Como Scheffel, empresários, artistas, professores e outros profissionais frequentaram escolas públicas e, hoje, têm carreiras de sucesso graças aos ensinamentos recebidos e à sua capacidade de empreender.
Três deles apresentaram suas trajetórias, nesta terça-feira, 15, no Espaço Conexão ACI, para um grupo de professores e diretores de escolas públicas da região, numa espécie de reconhecimento aos seus esforços e tentativa de oferecer-lhes apoio. O evento Experiência que Agrega, iniciativa do Comitê de Educação e Cultura da entidade e da 2ª Coordenadoria Regional de Educação, foi conduzido pelo diretor Leandro Villela Cezimbra e pela vice-presidente Cristine Schneider da Rocha.
Angelo Reinheimer, curador da Fundação Scheffel, estudou no Colégio Estadual Dr. Wolfram Metzler, em Novo Hamburgo, onde foi levado a conhecer a fundação que dirige e a história do pintor Ernesto Frederico Scheffel. “Scheffel era 100% fruto da educação pública. Era grato e se orgulhava disso”, disse Angelo.
Após o início na Escola Antônio Vieira, em Novo Hamburgo, Scheffel estudou na Escola Técnica Parobé, em Porto Alegre, e no Rio de Janeiro, onde pintou algumas de suas obras mais conhecidas. Depois, viajou à Itália, onde tornou-se pintor e restaurador na Galeria da Oficina de Florença. Voltou ao Brasil em 1974 e inaugurou a Fundação Ernesto Frederico Scheffel, que abriga a maior parte de suas obras, que também encontram-se expostas em Florença. É Angelo o responsável por preservar e, principalmente, fazer com elas sejam apreciadas por estudantes e outros visitantes.
Rosane Machado, diretora da Roma BC e vice-presidente de Micro e Pequena Empresa da ACI, também tem sua formação ligada à educação pública. Os estudos na Escola Municipal Lúcia Mossmann e na Escola Técnica 31 de janeiro, em Campo Bom, despertaram a paixão pela arte e o sonho de ser professora.
Formada em contabilidade na Feevale e com mestrado de controladoria e finanças pela Unisinos, Rosane concilia atualmente as funções de diretora das empresas Roma BC e Green + com a docência em faculdades do Rio Grande do Sul. “Já são mais de 10 mil alunos formados, entre participantes de cursos de extensão, graduação e MBAs”, revelou. Os dois negócios que dirige com sócios já ajudaram a recuperar mais de R$ 1 bilhão aos clientes.
Graduado em Ciências Econômicas pela Unisinos, Rogério Schmökel, sócio de Organizações Contábeis Schmökel e vice-presidente regional da ACI em Campo Bom, iniciou os estudos em um jardim da infância na cidade e fez parte do ensino fundamental em escola municipal de Modelo/SC, para onde a família migrou em 1973. De volta a Campo Bom, concluiu o ensino fundamental na Escola Estadual Fernando Ferrari e fez curso técnico de contabilidade na Escola Estadual 31 de janeiro.
Trabalhou em indústria de calçados e em um banco e, em 1995, abriu um escritório de contabilidade com os irmãos. A aquisição de uma carteira de clientes, em 1999, deu impulso ao negócio, que cresceu, emprega 16 pessoas e atende a cerca de 200 clientes pessoas jurídicas, além de pessoas físicas.
Projeto ACI Talks
Os participantes do evento no Espaço Conexão foram convidados a fazer parte do Projeto ACI Talks, que beneficiou 900 alunos no primeiro semestre com o compartilhamento de experiências profissionais por 50 voluntários da entidade e teve as atividades do segundo semestre reiniciadas na semana passada. O projeto terá novidades, que serão anunciadas em breve.