Capitalismo Consciente propõe reset do sistema e respeito às pessoas e ao planeta

Por ACI: 01/12/2023

O capitalismo transformou a humanidade nos últimos 200 anos – permitiu empreender, gerou riquezas, construiu cidades e proporcionou muitas outras conquistas –, mas apresenta anomalias e precisa de uma dose de consciência. 

Um dos principais propagadores da tese de que o sistema capitalista necessita de um ‘reset’ é o diretor-executivo da Sicredi Pioneira e colíder do movimento Capitalismo Consciente no Rio Grande do Sul, Solon Stapassola Stahl. Na última quinta-feira, 30, ele participou de reunião aberta do Comitê da Regional ACI em Campo Bom, coordenada pelo vice-presidente Rogério Schmökel, em que afirmou que mundo vive o limiar da era da consciência, com o surgimento de um novo ser humano e um novo conceito de negócios.

Conforme Stahl, pela primeira vez na história, o ser humano se verá realmente como tal e buscará satisfazer também as necessidades da alma, além do corpo físico. A mudança decorre do esgotamento da era da informação e determina também o surgimento de um novo colaborador e um novo investidor.

“Já há pessoas que pensam o mundo de forma completamente diferente”, afirmou o executivo, destacando pesquisa recente que indica que 48% das pessoas entre 18 e 24 anos desejam que as marcas guiem mudanças no mundo e a Geração Z, pessoas nascidas entre 1995 e 2010, privilegia o acesso e não a posse, busca a expressão da identidade individual e tem a ética como base de tudo.

Negócios conscientes

Os negócios que prosperam são conscientes, isto é, têm um propósito maior, são orientados para os stakeholders (partes envolvidas), possuem uma liderança consciente e praticam uma cultura consciente. No novo conceito, um negócio é bom porque cria valor, ético porque é baseado na troca voluntária, nobre porque pode elevar a existência e heroico porque tira as pessoas da pobreza e pode gerar prosperidade.

Segundo o palestrante, para o novo mundo, é necessário um novo mindset, em que se destacam as visões de abundância (não disputar, mas ajudar a criar espaço), ecossistema (valor deve ser compartilhado e a qualidade de um sistema é proporcional à qualidade das relações entre as partes) e longo prazo (que substitui a visão de curto prazismo). Além disso, menos riqueza e mais prosperidade, coopetição (ganha – ganha – ganha), visão nas pessoas em vez de visão utilitarista e o conceito de que o ambiente é finito, mas o crescimento não pode ser infinito, são características dos novos negócios conscientes.

Estes conceitos são algumas das proposições do Movimento Capitalismo Consciente, que propõe elevar a humanidade e gerar valor para todos os envolvidos, inclusive para a comunidade e para o meio ambiente, e ganha adeptos em todo o mundo. “A mudança pode acontecer por consciência, constância ou conveniência. Mas tem que ser feita e todos somos desafiados a criar juntos um ecossistema de negócios mais conscientes e inovadores”, alerta Solon Stapassola Stahl.

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