Banco BNI quer auxiliar empresas da região a investirem em Portugal e na Europa

Por ACI: 15/03/2024

Vender produtos e serviços para mercados que somam 500 milhões de pessoas na Europa e cerca de 85 milhões em  países de língua portuguesa, especialmente na África Austral. Essa é a possibilidade apresentada a empresários do Vale do Sinos e representantes da administração municipal por diretores do Banco BNI Europa, nesta quinta-feira, 14, no Espaço Conexão ACI, em Novo Hamburgo.

A convite da entidade e recepcionados pelo presidente Robinson Klein, Vitor Barosa, CEO, José Magro, diretor de investimentos, e Tiago Valentim, diretor corporativo e institucional, detalharam como a instituição com sede em Lisboa pode auxiliar empresas brasileiras a ingressarem no mercado europeu, a partir de Portugal, e utilizarem incentivos financeiros para investimentos em diversas áreas.

Com 10,4 milhões de habitantes (dos quais 309 mil são brasileiros), Portugal é um país estável social e politicamente que oferece baixo risco a investidores. A economia cresceu 7% em 2022 e 2,3% em 2023 (estimativa). Destaca-se pela produção de vinhos, azeite, componentes para aviões, bacalhau, peras e gasóleo, que são exportados também ao Brasil, que, por sua vez, envia especialmente petróleo, seja, ferro e aço, representando 4,2% das importações portuguesas. No país, a área de serviços (software e tecnologia, entre outras) vem ganhando destaque e a infraestrutura vem sendo ampliada, com o sistema 5G já estando disponível em todas as aldeias.

“Além de ter uma economia em crescimento e 50% de seu PIB de €250 bilhões originários de exportações, Portugal é a melhor porta de entrada na Europa, com 500 milhões de pessoas, PIB de US$ 17 bilhões e parceria estratégica com o Brasil desde 2017, válida para todos os domínios políticos”, destacou Magro.

“O desafio (da economia) é manter-se competitiva e continuar exportando, por isso há muitos incentivos para as empresas”, explicou Barosa. O programa Portugal 2030, por exemplo, dispõe de €23 bilhões de fundos europeus para investimentos em inovação e tecnologia até 2028. O objetivo é relançar a economia, proteger os empregos e fazer da próxima década um período de recuperação e convergência de Portugal com a União Europeia, assegurando maior coesão social e territorial.

O Plano Recuperação e Resiliência (PRR) contempla investimentos de €22 bilhões até 2025 nas áreas de transformação digital, inovação e meio ambente. Já o novo programa da União Europeia Estratégia Global Gateway oferece incentivos a projetos em áreas como clima, energia, saúde e digital, para reforçar a competitividade e a segurança das cadeias de abastecimento mundiais.“Há grande disponibilidade de recursos para bons projetos na Europa. Em alguns casos, 72% dos recursos são a fundo perdido e o restante pode ser reembolsado em vários anos. A hora de utilizá-los é agora”, disse Magro.

Opção para PMEs

Com sede em Lisboa e hub de negócios no Porto, o BNI Europa opera de forma direta (venda de produtos e serviços), com parceiros ou através de plataformas digitais em toda a União Europeia. Também atua em outros países, em parcerias com bancos de investimentos, inclusive no Brasil, disponibilizando produtos com foco internacional a pessoas e empresas que pretendem explorar oportunidades em diferentes áreas.

“Somos habilitados a apoiar as empresas brasileiras para o ingresso na Europa, nos Estados Unidos, em Angola e em outros países e consolidar sua internacionalização”, acrescentou Tiago Valentim. Conforme ele, o banco de investimentos desenvolve operações para pequenas e médias empresas acessarem mecanismos financeiros complexos que somente seriam acessíveis a empresas de grande porte. As soluções envolvem abertura de conta, financiamento por fundos públicos, financiamento de transações, internacionalização, serviços de custódia, títulos, consultoria de M&A e outros. O BNI também assessora empresas no acesso à Euronext, maior bolsa de valores da Europa, com € 6,5 trilhões de capitalização.

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