Controle de emoções ajuda a ter sucesso em conversas difíceis

Por ACI: 17/09/2021

Na vida pessoal ou na profissional, ter conversas de alto risco – que também podem ser chamadas de cruciais ou difíceis – faz parte do rol de atividades, e saber agir adequadamente é essencial para resolver uma situação e evitar que ela fique pior do que era.

A Dra. Renata Roos, psicóloga, professora, vice-diretora da Faculdade e Cursos Técnicos IENH e palestrante de webinar realizado nesta sexta-feira, 17, diz que conversas de alto risco envolvem altos interesses, emoções afloradas e opiniões divergentes, e todos os envolvidos têm algo a ganhar ou perder, por isso alguns cuidados são importantes. “O primeiro passo é resolvermos o problema de acreditar que os outros são a fonte de tudo o que nos atormenta”, disse. O evento teve a mediação de Júnior Ramos, integrante do Comitê de Serviços da ACI, e o patrocínio de Eccel Restaurantes Empresariais, Sicoob MaxiCrédito e Unimed Vale do Sinos.

Conforme ela, a regulação emocional é essencial para que a conversa tenha o resultado esperado. Consiste em equilibrar emoção e pensamento (comportamento), prestar atenção na história (interpretação) e identificar distorções cognitivas (explicações inadequadas, como vitimização, minimização do positivo e catastrofização.

Para ter um bom controle emocional, a especialista recomenda o seguinte passo a passo: 1 – Reconhecer emoções penosas e difíceis, 2 – Aceitá-las como parte de uma vida completa, 3 – Avaliá-las de forma não pejorativa, 4 – Evitar a catastrofização, 5 – Reconhecer que são temporárias e usá-las como guia para perseguir valores e virtudes importantes para o indivíduo, e 6 – Desenvolver a capacidade de sentir tudo, ao invés de apenas buscar sentir-se bem. “A capacidade de sentir tudo está relacionada às zonas de maior aprendizado, realização e crescimento pessoal”, acrescenta.

Mestre e Doutora em Psicologia Social e Institucional e especialista em gestão de equipes cocriativas, a Dra. Renata diz que o que causa sofrimento emocional não são os fatos em si, e sim o modo como o indivíduo os interpreta, e essa interpretação é resultado dos pensamentos distorcidos gerados pelo seu esquema emocional. “Deve-se dirigir a emoção para o que a gente acha mais importante e para os objetivos que se tem”, explica.

A força do exemplo

O desejo de que os outros mudem, seja um amigo ou um liderado na empresa, é um sentimento comum. Mas, por mais que os outros precisem mudar ou desejamos que mudem, a única coisa que se pode continuamente inspirar, estimular ou moldar, na avaliação da palestrante, é o próprio rosto no espelho ou, como ela define, ver a situação do outro de uma forma diferente.

Em situações difíceis, três tipos de comportamento costumam surgir nos envolvidos: necessidade de vencer (começa-se querendo resolver o problema, mas, assim que uma pessoa começa a questionar a nossa precisão ou correção, muda-se de objetivos num piscar de olhos), necessidade de punir (passa-se a desejar que ela seja prejudicada) e segurança pessoal (prefere-se ficar quieto a dialogar). “Nenhuma das três ajuda a criar um ambiente psicológico seguro para as pessoas poderem falar diante de uma situação. Por isso, o ideal é ouvir com atenção, ver a situação de outra forma e procurar interpretar palavras e afirmações com naturalidade”, sugere.

Liderança

Conforme a palestrante, líderes em geral sabem o que desejam e acreditam no diálogo para resolver problemas e situações. Mas, muitas vezes, o que ocorre é o distanciamento do diálogo, e é preciso adiar a solução. “Quando a situação estiver muito ativada emocionalmente, pode-se suspender temporariamente a reunião ou a conversa difícil e retomá-la em outro momento”, destaca.

O diálogo consiste em fluxo livre de informações relevantes e o obstáculo número um desse fluxo é a falta de segurança. “Por isso, fique atento ao seu estilo quando estiver sob pressão e avalie se está buscando o silêncio ou a agressividade. Procure resolver a situação com a análise mais realista possível dos fatos”, indica.

Patrocinadores do webinar: Eccel Restaurantes Empresariais, Sicoob MaxiCrédito e Unimed Vale do Sinos

 

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