Ricardo Jobim propõe uma visão liberal para Rio Grande do Sul
Fazer o ICMS mais simples do Brasil, promover o desenvolvimento econômico a partir da vocação de cada região produtiva e simplificar o licenciamento ambiental, garantindo o destravamento das licenças para empreendimentos. Estas são algumas das propostas apresentadas, nesta quarta-feira, 17, pelo candidato ao governo do RS pelo Partido Novo, Ricardo Jobim, em evento na ACI, onde esteve acompanhado do deputado federal Marcel Van Hattem, do deputado Fábio Ostermann e do candidato a deputado estadual Tiago Albrecht.
O Encontro Político foi aberto pelo presidente Diogo Leuck, que destacou o objetivo de auxiliar a comunidade regional com informações para que possa votar de forma consciente e entregou ao candidato um documento com demandas do setor empresarial em diferentes áreas. Ao final, o diretor Leandro Villela Cezimbra fez uma série de perguntas formuladas pela ACI e pelos participantes, que foram respondidas pelo candidato.
Advogado de formação e empresário do ramo de comunicação em Santa Maria, Jobim propõe uma visão liberal para o Grande do Sul, com respeito ao dinheiro público e combate aos gastos nocivos. “O setor produtivo já não suporta os desmandos da política tradicional, que tributa, escraviza e expulsa empresas do Rio Grande do Sul, enquanto a população enfrenta dificuldades de acesso a serviços essenciais”, enfatizou o candidato, que diz ser necessário virar o jogo com ações coordenadas em todas as áreas.
As propostas para que o RS volte a ser uma terra de oportunidades, como ele define, contemplam quatro eixos – responsabilidade, liberdade para crescer, benefícios para as pessoas e transparência – e cinco pilares: visão de longo prazo, estado facilitador, políticas fundamentadas nas melhores práticas, tratamento isonômico para todos os cidadãos e transparências nos atos e ações do Poder Executivo.
“O Rio Grande precisa caber no bolso dos gaúchos para focar em atividades essenciais e gastar bem”, disse Jobim, destacando a disposição de cumprir o teto de gatos estadual, privatizar o Banrisul para financiar um ‘projeto de revolução na educação’ e reduzir de 25 para apenas 12 o número de secretarias.
Na área de educação, uma das metas é oferecer Ensino Médio em tempo integral com foco profissionalizante, bem como modernizar as ferramentas de gestão e reavaliar o patrimônio imobiliário escolar. Na saúde, a atenção será para por fim às filas por atendimento e qualificar a rede de assistência no interior do estado.
“O Rio Grande terá liberdade para crescer”, acrescentou Jobim, que promete liberdade econômica e foco na retenção de talentos, empresas e pessoas, bem como na recuperação econômica do estado. Conforme ele, a segurança pública receberá investimento em tecnologia para o combate às facções e serão feitas parceria público-privadas para a construção de presídios.
Bomba-relógio
Jobim enfatiza também que há 40 anos os mesmos partidos se alternam no poder no RS e é preciso acabar com o populismo, que, segundo ele, colocou o estado em situação difícil. “Somos uma bomba-relógio prestes a explodir. Temos uma dívida de R$ 70 bilhões, problemas fiscais graves, a população mais idosa do país, baixa taxa de natalidade do país e cada vez mais gaúchos saem do RS para morar em outros estados. Ou viramos o jogo e voltamos a ser uma terra de oportunidades ou em dez anos não haverá mais solução possível”, alertou.