Pesquisa indica leve queda do número de compradores de produtos piratas no RS

Por ACI: 16/03/2023

A pesquisa Hábitos de consumo 2023 – Original e Pirata, realizada pela Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado Rio Grande do Sul (Fecomércio RS), mostra que, em comparação com o ano anterior, houve queda de 2% no número de usuários que consumiram produtos piratas no RS.

A pesquisa entrevistou 1387 pessoas e indica que 41,96% delas não compraram produtos piratas nos últimos 12 meses, enquanto 33,42% disseram que compraram. Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira, 15, durante reunião da Comissão de Combate à Informalidade da Fecomércio, em Porto Alegre. Preços mais em conta, com 81,13%, é o principal motivo para escolha de produtos piratas, especialmente equipamentos eletrônicos (32,10%) e roupas (31,76%). Os segmentos de equipamentos eletrônicos e roupas subiram no ranking, enquanto houve uma queda significativa nos segmentos de TV por assinatura e filmes.

O tíquete médio de produtos piratas caiu de R$ 175,00 para R$ 147,00 entre 2022 e 2023. 53,54% dos participantes disseram já ter tido experiências negativas com a compra de produtos piratas, especialmente em estabelecimentos comerciais (38,12%) e sites nacionais (21,66%). A baixa qualidade dos produtos foi citada por 91,70% dos entrevistados, mas, mesmo assim, 42% afirmaram que têm intenção de continuar consumindo produtos piratas.

Originais mais caros

A pesquisa da Fecomércio identificou os motivos para os produtos originais serem mais caros: impostos elevados (56%), margem de lucro elevada (28%), outra razão (8%) e custo com publicidade (3%).

E-commerce & pirataria

Os resultados da pesquisa indicam que as compras em sites nacionais e internacionais correspondem a 34% das compras de produtos piratas, tendo um leve crescimento do comércio ilegal através do e-commerce. 67% dos entrevistas acham que o aumento do e-commerce pode aumentar a venda de produtos piratas, 92% dizem que verificam se o site é seguro para comprar produtos piratas e 95% sabem que a pirataria no Brasil é crime.

59% acham que esse crime impacta negativamente a economia, 57% dizem que não pretendem continuar comprando produtos piratas e 37% acham que a venda de produtos piratas favorece o aumento da criminalidade.

Campanhas de combate à pirataria

Há uma percepção majoritária entre os entrevistados (36,27%) de que campanhas educativas são uma ferramenta importante no combate à pirataria. Para 77,79% dos entrevistados, reduzir a carga tributária sobre os produtos originais também pode desestimular o consumo de produtos piratas. Em segundo lugar, aparecem ações de educação e conscientização, que, juntas, totalizam 73% das respostas.

A Comissão de Combate à Informalidade da Fecomércio é um foro de debates que têm importante atuação na luta contra a pirataria e a concorrência desleal. A ACI tem assento na CCI desde a sua constituição, participando ativamente das discussões em prol dos bons empresários.  

Receba
Novidades