Organização é a base da produtividade sustentável para mulher empreendedora

Por ACI: 01/12/2023

Equilibrar os diferentes papéis que ocupa – esposa, mãe e empreendedora, por exemplo – requer organização física, mental e espiritual da mulher. Como fazer isso e como obter uma produtividade sustentável foi o tema da palestra que Marciele Fernandes e Fernanda Farias, sócias-fundadoras da Somos Mudáh, realizaram no Espaço Conexão ACI, na última sexta-feira, 01. O evento teve a moderação da Fabiana Bissolotti Rauber, sócia-diretora da ConSeg Gestão Integrada em Saúde, Segurança e Meio Ambiente e integrante do Comitê de Serviços da entidade.

A Mudáh é uma impulsionadora de mulheres empreendedoras. “Nosso objetivo não é impulsionar mulheres para ficarem exaustas tentando ser guerreiras. Queremos ajudá-las a desenvolver uma produtividade sustentável. Equilibrando todos os papéis que ocupam entre a vida pessoal e profissional, podem também criar negócios sustentáveis”, disseram.

Segundo elas, os sonhos mantêm o ser humano vivo, por isso nunca se deve deixar de sonhar. “Quando paramos de sonhar, inevitavelmente, acabamos perdendo o nosso senso de propósito, que é aquilo que nos motiva a sair da cama todas as manhãs”, explicaram.

Mas, muitas vezes, a busca pelo propósito leva a situações de exaustão, desconforto e insatisfação e a mulher – assim como o homem – pode e deve mudar. “Sempre há uma opção de escolha diferente. Pergunte-se frequentemente se está feliz com o que está fazendo. Se a conclusão for a infelicidade, mude”, destacaram as palestrantes, que deixaram cargos executivos que exerciam em empresas para criar a Somos Mudáh, há três anos.   

Fernanda e Marciele enfatizaram que todos são substituíveis no trabalho, mas não na família, razão pela qual o bem-estar pessoal e familiar deve estar à frente na lista de prioridades de vida. A mulher, conforme elas, é uma grande potência e tem papel de destaque na harmonia familiar, seja na criação dos filhos, no relacionamento com o marido ou nas demais atividades do dia a dia. Nesse cenário, uma das ações recomendadas é reduzir o ritmo de trabalho e focar em atividades mais produtivas e rentáveis, caminho pelo qual cada vez mais mulheres vem optando.

A rotina de metas e busca obcecada pelo dinheiro pode dar lugar a uma vida com diferentes tipos de atividades, como momentos de lazer, cuidados com a saúde e convívio com pais, irmãos e amigos, além do trabalho. “Há um mar de oportunidades e pode-se fazer menos, porém melhor. Na atualidade, o essencialismo – descrito no livro Essencialismo: A disciplinada busca por menos, de Greg McKeown e Beatriz Medina – se justiça”, destacou Fernanda.

Conforme Marciele, a produtividade sustentável começa quando se descobre a noção do todo, em que cada pessoa tem um dom e pode fazer menos coisas bem-feitas. “O mundo é colaborativo e precisa de outras pessoas, às quais devemos ser melhores do que somos. Em vez de nos preocuparmos excessivamente com o futuro, devemos viver o presente, honrar a vida mais que a morte e dar atenção às pessoas agora. Devemos parar para viver a vida conosco e com os outros. Também não devemos ignorar a condição e os limites das outras pessoas, pois isso tem implicações em nossa vida. Essa nova maneira de ser e agir nos faz muito bem”, concluiu.

 

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