Neuromarketing ajuda a entender como e por que o cérebro compra

Por ACI: 01/03/2024

Noventa e cinco das compras são emocionais. A razão dá atenção ao preço e o instinto busca assegurar a solução da dor do consumidor na compra de um produto ou serviço. Essa é uma das afirmações feitas por Eduardo Pezzi, diretor de marketing e data analytics da QUOZ Inteligência Digital, de Caxias do Sul, durante palestra no Prato Principal da ACI, nesta quinta-feira, 29, no Centro de Eventos do Swan Novo Hamburgo.

Abordando o tema Neuromarketing, uma viagem pelo cérebro do consumidor, Pezzi enfatizou que a “nova” metodologia ajuda a entender os processos de decisão de compra e serve para derrubar muitas crenças sobre o consumidor.

“Os objetivos do neurociência aplicada ao consumo são explicar como e por que o cérebro compra. Em outras palavras, ajudar a entender o que realmente o consumidor quer, o que está por trás dos processos de decisão de compra e o que motiva uma ação de compra”, explicou. As principais aplicações do neuromarketing são branding, design de produtos e serviços, ‘empurrão’ na tomada de decisão, efetividade na publicidade e experiência on-line.

Conforme Pezzi, mais de 70% dos lançamentos de novos produtos fracassam por que não levam em consideração como o cérebro funciona e o que efetivamente o consumidor quer. O cérebro humano tem 2 milhões de anos e não evolui rapidamente. Não consegue dar conta do novo mundo e pensar o presente e prever o futuro simultaneamente.

Recebe 11 milhões de informações por segundo, mas só 40 são processadas pelo consciente, ou seja, 99,999% são subconscientes. Além disso, 70% dos receptores sensitivos do corpo estão nos olhos e o número de neurônios que conectam os hemisférios direito e esquerdo femininos é 4x maior. Isso faz com que o cérebro feminino seja multitarefa. Uma pessoa pode focar sua atenção no nível mais alto por apenas 7 minutos e as pessoas são significativamente mais propensas a comprar o que tocam.

O cérebro pode ter a sensação de qualquer imagem em menos de 1/10 de segundo, esquece quase tudo o que é colocado no meio de uma mensagem e a memória de curto prazo é capaz de armazenar apenas 5 a 9 blocos de informações simultaneamente. Foi projetado para buscar o que é novo no entorno. Por isso, é recomendável usar apenas um ou dois movimentos, pois além disso o cérebro descarta. Por isso, também, é melhor colocar as imagens em destaque no lado esquerdo do campo visual, por que o cérebro é projetado para preferir o movimento em sentido horário.

Homens e mulheres

Homens e mulheres são diferentes nos processos de compra. A mulher parte do emocional para o racional, enquanto o homem faz o sentido contrário. Isso, conforme Pezzi, indica a necessidade de se produzir materiais promocionais diferentes para cada sexo. Em ambos, porém, é necessário despertar o que os especialistas chamadas de AEM – Atenção, Emoção e Memória, fatores comportamentais essenciais para a tomada de decisão.

Arquitetura da escolha

Conforme o palestrante, o consumidor possui uma arquitetura da escolha, que é a ordem em que acontecem a decisão e as prioridades.

> Consciência está relacionada aos motivadores de compra
> Interesse é despertado pelo branding
> Consideração é o paradoxo da escolha
> Avaliação leva em conta a proposta de valor
> O preço leva à decisão.

“Preço decide quem participa do jogo, mas não quem vai ganhar o jogo”, concluiu Eduardo Pezzi.

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Patrocínio: Domínio TributárioConexo Logistics, Cigam Software Corporativo e Exatus Contabilidade 

Apoio máster: Universidade Feevale e Sebrae RS

Apoio: Unimed Vale do Sinos

Assista aqui ao vídeo do Prato Principal

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