“Não se constrói marca apenas com algoritmo de aplicativo”, diz estrategista
Mais de uma centena de profissionais acompanharam, de forma presencial e on-line, o Marketing & Vendas que a ACI realizou na última quarta-feira, 25. Aberto pelo presidente Diogo Leuck, o evento teve como palestrante a estrategista de marcas Melissa Walzer Sant´Ana, que destacou a importância do posicionamento para a marca tornar-se forte e assim ser a preferida do mercado.
“Não se constrói marca através do algoritmo de um aplicativo, que muda o tempo todo. O que constrói uma marca é o posicionamento estratégico, que a leva a ocupar espaço no coração das pessoas, isto é, do seu público-alvo”, explicou Melissa, destacando que posicionar-se no mercado é um imperativo à marca, pois, se ela nada fizer, o mercado a posicionará ou, ainda pior, o concorrente fará isso.
Posicionamento é força, por isso uma marca bem-posicionada está em vantagem em relação às outras acrescentou a palestrante, que dedica-se a auxiliar marcas (e profissionais) a adequarem-se à nova realidade dos negócios, em que as experiências são cada vez mais importantes e o futuro é produzido por uma combinação perfeita entre o virtual e o presencial.
No século XXI, o que antes era diferencial agora é obrigação e as pessoas consomem de uma forma diferente. “Diante do cenário que estamos vivendo, a humanização das marcas é um caminho em volta. Pessoas compram de pessoas e isso faz toda a diferença”, alertou.
Propósito e experiência
Melissa destacou que o marketing de propósito e a jornada de experiências têm relevância cada vez maior. Já não basta vender o produto. É preciso oferecer valor e gerar conexão. Conforme Melissa, a marca precisa ter um propósito para o cliente e ir além disso, atribuindo valor à vida das pessoas. Mas muitas ainda têm dificuldade em identificar o seu propósito. Melissa explica que a tarefa é facilitada quando se consegue responder a três questão: ajudar a quem, a fazer o quê e por quê. “O propósito conecta, transcende uma era e é o ideal que a marca busca. Pode durar 200 anos”, explicou.
Vender valor e não preço
A estrategista de marcas destacou também que marcas devem vender valor e não preço e que marcas posicionadas de forma estratégica sabem como gerar valor ao cliente, destacam-se da concorrência, vendem mais e proporcionam longevidade ao negócio.
Em sua palestra, Melissa Walzer Sant´Ana disse ser necessário tornar a marca um ativo do negócio e para isso destacou três elementos: a comunicação deve estar alinhada com a imagem que a marca deseja passar; o gestor deve ter em mente que, na era da economia de experiência, produtos e serviços não passam de acessórios para envolver o cliente, que quer experiências memoráveis e as empresas devem ser encenadoras de experiências, como destacam os autores do livro O Espetáculo dos Negócios, B. Joseph Pine II e James Glimore, e a inovação deve estar sempre presente no negócio.
“O processo de construção de uma marca, seja ela pessoal ou de um negócio, requer estratégia, constância, intencionalidade e visão de longo prazo. Requer um trabalho direcionado com ações no físico e no digital, tornar-se único e referência na sua área e ainda buscar diferenciação e tornar-se incomparável”, finalizou Melissa Walzer Sant´Ana.