Inovação tem que melhorar a vida das pessoas, diz especialista Alexandre Uehara

Por ACI: 20/03/2024

A inovação deve melhorar o dia a dia das pessoas e não precisa ser algo grandioso. A afirmação é do especialista Alexandre Uehara, fundador e head de inovação da Innov8, empresa paulista voltada a inspirar pessoas, semear e disseminar a inovação buscando impacto positivo nas organizações, que foi o palestrante do Economia & Negócios da ACI, nesta terça-feira, 19.

Na abertura, o presidente, Robinson Klein, destacou o propósito da atual gestão de impulsionar a cultura da inovação na região e que ninguém inova sozinho, sendo a inovação aberta (feita em conjunto com parceiros e até mesmo concorrentes), um caminho viável para o desenvolvimento de soluções que atendam às necessidades do mercado. O evento teve moderação de Giuliano Hoffmann, vice-presidente de Inovação e Tecnologia.

Abordando o tema Desvendando a inovação: estratégias práticas para transformar serviços, Alexandre Uehara fez um relato de inovações que mudaram a forma de ver filmes, comprar produtos e comunicar-se nas últimas décadas, levado empresas tradicionais ao fracasso e novas e inovadoras ao sucesso global. Disse que inovação é diferente de invenção e ideia. Inovação é fazer com que uma ideia gere valor e o ideal é começar pela inovação incremental, que é melhorar o que já existe, seja um processo ou produto, e depois passar para a inovação radical e a disruptiva. “Inovação não tem a ver com ser o primeiro. A Apple lançou o Ipad 54 anos após o primeiro tablet e o Google foi o 24º buscador a ser criado”, explicou.

Conforme Uehara, o foco da empresa ao inovar deve ser vender e não ser comprada e para isso precisa entender o que efetivamente resolve a necessidade do cliente. A tecnologia deve ser o meio e a experiência do usuário, o objetivo (fim) do processo. “Coloque-se no lugar do cliente e entregue-lhe o que ele quer em sintonia com o seu perfil, e não o que você (empresa) acha que é bom. A tecnologia é um meio para a inovação, que implica em correr risco naquilo em que se pode errar, mas sem comprometer a reputação da empresa”, destacou.

Pesquisa da Microsoft revela que 74% das médias e pequenas empresas já utilizam a inteligência artificial em suas atividades, o que idica que logo a totalidade delas a utilizará, e as que não o fizerem correm riscos. Durante sua palestra, Uehara enfatizou as empresas devem ter uma cultura de inovação, que significa incentivar novas ideias, pensar de maneira diferente, escutar os colaboradores e colocar as boas ideias em prática. Também deu seis dicas para as que querem inovar, se diferenciar e permanecer competitivas no mercado:

1 – Experiência centrada do usuário
A empresa deve entregar ao usuário/cliente aquilo que ele quer e não que ela acha que é bom.

2 – Ter empatia
É fundamentar estar ‘estar do outro lado’ (colocar-se na posição do cliente) e entender o que o usuário quer.

3 – Experimentar
Antes de lançar um novo produto, deve-se fazer muitos testes e certificar-se de que ele atende às reais necessidades do mercado.

4 – Utilizar a estratégia da décima pessoa
Quando quase todos concordarem sobre algo, alguém deve discordar, questionar e propor alternativas. Isso leva ao aperfeiçoamento de uma ideia.

5 – Buscar informações
Seriados e filmes são excelentes fontes de informação para quem busca inspirar-se para inovar.

6 – Não ter medo de errar
Inovar implica em corres riscos onde é possível e sem comprometer a reputação da empresa. Todo aprendizado é importante, ainda que leve tempo para se tornar uma inovação e gerar valor.

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