Infraestrutura é uma das prioridades do pré-candidato do PP ao governo do RS

Por ACI: 24/06/2022

O senador Luís Carlos Heinze, pré-candidato ao governo do estado pelo Partido Progressista (PP), participou, nesta quinta-feira, 23, do evento Como desenvolver o Rio Grande do Sul, na ACI, em que foram apresentados os projetos do Porto Meridional, em Arroio do Sal, e da Hidrovia da Lagoa Mirim.

Na oportunidade, acompanhado de assessores, Heinze recebeu da entidade um documento com propostas para destravar o desenvolvimento do RS, como definiu o presidente, Diogo Leuck. E, também, apresentou algumas das ações que pretende implementar em diversas áreas, caso seja eleito.

Na infraestrutura, uma das prioridades é assegurar a extensão da Ferroeste até Passo Fundo, na região do Planalto. O projeto inicial da ferrovia contempla um trecho de 1591 km entre Maracaju, em Mato Grosso do Sul, e Foz do Iguaçu, no Paraná. A extensão até Chapecó, em SC, e Passo Fundo já foi proposta ao Ministério da Infraestrutura e objetiva, principalmente, assegurar o abastecimento de milho do Centro-Oeste aos produtores de aves e suínos das regiões.

Outra meta na área de infraestrutura é viabilizar a construção do aeroporto regional em Vila Oliva, próximo a Caxias do Sul e a 60km de Gramado. O projeto, orçado em R$ 204 milhões, deve beneficiar tanto o setor produtivo quanto o turismo na região serrana. “A construção de uma nova rodovia para ligar o novo aeroporto à BR-116 beneficiará o transporte de cargas na região”, disse o ex-prefeito de Candelária, ex-deputado federal por 20 anos e atual senador.

Energia

Conforme Heinze, a geração de energia elétrica também receberá atenção. Cerca de 4 mil megawatts podem ser gerados com a construção de quatro novas barragens no Rio Uruguai, na divisa com Santa Catarina e a Argentina. “Já estamos empenhados em viabilizar os projetos com o governo federal”, informou o pré-candidato, que enfatizou sua ligação com o presidente Bolsonaro. Nas lagoas dos Patos e Mirim, Heinze pretende assegurar investimentos de empresas privadas em geração de energia eólica (cerca do 40 megawhatts).

Feevale Techpark

No Vale do Sinos, a ideia é conhecer a estrutura do Feevale Teckpark e implantar o modelo de atuação em outras universidades, entre elas a Uergs. Novas escolas técnicas também serão criadas para, segundo Heinze, ampliar a formação de profissionais para as empresas gaúchas.

Na área de educação, o pré-candidato disse lamentar que 115 mil alunos tenham deixado a rede escolar pública entre 2018 e 2022 e a maioria dos estudantes da terceira série do ensino médio estar abaixo do nível de conhecimento ideal em matemática e língua portuguesa, conforme levantamento recente. Um de suas propostas é criar uma força tarefa, com municípios, para recuperar as mais de 2,4 mil escolas estaduais, muitas das quais sem Programa de Prevenção e Combate e Incêndio (PPCI) e banheiros, e ‘ensinar às crianças o que é fundamental’, como definiu. “A ideia é oferecer aos alunos atividades esportivas, aulas de música e trabalhos manuais no contraturno”, explicou.

Outra proposta é pagar a faculdade para cerca de 3 mil professores que têm apenas o ensino médio completo e conceder reajustes salariais ao magistério conforme as possibilidades do caixa do estado e os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Para a área de segurança, o diálogo com profissionais e a retomada do controle de presídios integram o plano de ação.

Renegociação de dívidas

Heinze disse que pretende reunir governadores de outros estados para renegociar juntos os termos dos acordos de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal proposto pelo governo federal. Segundo o pré-candidato, o atual governo do estado deixou de pagar as dívidas com o governo federal há mais de três e anos e o próximo governador terá que pagar cerca de R$ 12,6 bilhões, o que terá impacto sobre a capacidade de investimentos.

Atenção à saúde

Implantar o sistema de teleconsultas, baseado em projeto bem-sucedido no Hospital da Ulbra, integra o plano de Heinze para a saúde. A proposta consiste em criar centrais de atendimento à distância de cardiologistas, oftalmologistas e outros especialistas para pôr fim às filas de espera, orientar pacientes de todas as regiões do estado e agilizar o tratamento. Na área da saúde, outro objetivo é reabrir cerca de 3 mil leitos que estão fechados em pequenos hospitais gaúchos.

Corsan e Banrisul públicos

O pré-candidato a governador pelo PP disse ser favorável, neste momento, à permanência do Banrisul e da Corsan como empresas estatais. O argumento é que a venda do controle do banco por cerca de R$ 4 bilhões não se justifica diante de um lucro de R$ 1,2 bilhão ao ano. Para a Corsan, a ideia é um formatar um novo modelo de atuação.

Aos 71 anos, Heinze enfatizou ainda sua experiência administrativa e política, sua credibilidade e sua disposição para seguir atuando na área pública. “Acho que posso continuar ajudando o estado a desenvolver-se e, desde já, convoco o setor coureiro-calçadista para auxiliar na construção de um novo ciclo de desenvolvimento do Rio Grande do Sul”, concluiu.

Receba
Novidades