Flórida é opção de empresas brasileiras para ingresso nos Estados Unidos
Com similaridade cultural e proximidade geográfica com o Brasil, o Estado da Flórida, assim como o Texas, é uma porta de entrada de empresas brasileiras no mercado norte-americano.
Os procedimentos e cuidados necessários para obter sucesso nos Estados Unidos – que importam cerca de 3 bilhões de pares ao ano - foram o tema do II Dinner Talking, realizado na última segunda-feira, 01º, no Restaurante do Swan Tower Novo Hamburgo. A abertura do evento, com patrocínio de Sicredi Pioneira e Ecco Planet e apoio máster de Universidade Feevale, foi feita pelo presidente da ACI, Diogo Leuck, que destacou o objetivo de promover a internacionalização de empresas associadas e, desta forma, beneficiar toda a região.
A diretora de Relações Institucionais e Internacionais da Universidade Feevale, Paula Cundari, disse que a integração da universidade a uma rede internacional formada por 135 instituições proporciona às empresas brasileiras acesso a ecossistemas de inovação de pelo menos 31 países. Além disso, segundo ela, o Feevale Techpark, com unidades em Novo Hamburgo, Campo Bom e Porto Alegre, beneficia atualmente mais de cem empresas com atividades em diversas áreas, entre elas a de materiais e nanotecnologia.
Palestrante convidado, o diretor comercial da Ecco Planet, Diogo Rocha, disse que a Flórida (estado norte-americano onde a empresa está localizada) possui 21,7 milhões de habitantes e PIB de US$ 1,2 trilhões (2021) e recebe novas empresas globais que migram suas sedes tendo em vista o ambiente favorável ao crescimento dos negócios. Entre outros atrativos, a Flórida possui três grandes portos que recebem mercadorias da América Latina, da Europa e de outros continentes para distribuição nos Estados Unidos e escoamento para outros países.
A Ecco Planet assessora empresas brasileiras em seu processo de internacionalização. Possui 120 clientes em diversos setores e, no segmento calçadista, assessora marcas como Piccadilly, Jorge Bischoff, Wordshoes e Comfortflex, entre outras.
Conforme Rocha, calçados para o dia a dia com preço de até US$ 20 têm grandes oportunidades de negócios nos Estados Unidos e, mesmo para uma grande indústria brasileira, o ideal é iniciar as vendas em pequenos volumes e ir aumentando-as à medida que a empresa for conhecendo o mercado norte-americano.
“Aconselha-se a fugir das práticas comerciais normais, como a opção por realizar negócios com um grande distribuidor local. O mais indicado é iniciar com uma pequena rede para ganhar experiência”, disse Rocha, destacando que a presença em feiras e o bom relacionamento com potenciais clientes também ajudam a obter sucesso nos Estados Unidos.
Comfortlex
A Comfortflex, marca de calçados femininos do Grupo Ramarim, iniciou em 2021 a venda através do marketplace Amazon. Cerca de 4,2 mil pares foram vendidos na etapa inicial, que buscava identificar a receptividade dos clientes. Avaliação indica que características associadas ao conforto e ao bem-estar foram destacadas nos feedbacks recebidos. Com base nesse resultado, a marca vai ampliar sua presença nos Estados Unidos.
Elogios dos participantes
O II Dinner Talking, assim como o primeiro, em maio, recebeu elogios dos participantes por oportunizar o compartilhamento de experiências e network. Após a palestra de Diogo Rocha, a vice-presidente de infraestrutura da ACI, Gladis Killing, comandou uma rodada de apresentação dos presentes, que puderam fazer perguntas a Rocha. O diretor da Ecco Planet respondeu a todas e disse que não há produto que não possa ser exportado aos Estados Unidos, mas enfatizou ser necessário utilizar procedimentos comerciais diferentes dos que eram utilizados em outros tempos.
Patrocínio: Sicredi Pioneira e Ecco Planet
Apoio máster: Universidade Feevale
