Cobrança empresarial estratégica: como recuperar créditos com segurança e eficiência

Por ACI: 28/04/2025

A inadimplência empresarial no Brasil atingiu patamares alarmantes no início de 2025, evidenciando a necessidade de estratégias jurídicas eficazes para a recuperação de créditos. Dados da Serasa Experian revelam que, em janeiro de 2025, mais de 7,1 milhões de empresas estavam inadimplentes, representando 31,4% das companhias existentes no país. Esse número reflete um aumento significativo em relação ao final de 2024, quando 6,9 milhões de empresas estavam nessa situação.

​A inadimplência é um dos principais fatores de risco para empresas que operam com prazos e parcelamentos. Quando não tratada com a devida atenção, pode comprometer o fluxo de caixa, dificultar investimentos e até afetar a continuidade das operações. No ambiente empresarial atual, marcado por alta competitividade e margens apertadas, a gestão eficiente da recuperação de créditos tornou-se um elemento essencial para a sustentabilidade dos negócios.

A cobrança empresarial eficiente vai além de simples contatos de cobrança. Ela exige planejamento, estratégia e conhecimento técnico. É importante que a empresa conheça o perfil dos devedores, estabeleça políticas internas claras de concessão de crédito e acompanhe de perto os indicadores de inadimplência. A atuação rápida e fundamentada pode fazer a diferença entre recuperar um valor ou transformá-lo em perda definitiva.

No campo jurídico, a cobrança pode ser dividida em duas frentes: extrajudicial e judicial. A via extrajudicial costuma ser o primeiro passo, com envio de notificações formais, propostas de renegociação com garantias, confissões de dívida e outros instrumentos que busquem uma solução célere, reduzindo desgastes e custos.

Já a cobrança judicial deve ser considerada quando não houver acordo ou em casos mais complexos, sendo possível o ajuizamento de ações de cobrança, execução de títulos ou mesmo pedidos de falência, dependendo do cenário.

Empresas que adotam uma abordagem estruturada e constante para recuperação de créditos tendem a apresentar maior solidez financeira e menor exposição a riscos. A inadimplência não deve ser tratada apenas como um problema do departamento financeiro, mas como uma questão estratégica que demanda atuação integrada entre as áreas administrativa, comercial e jurídica.

Implementar uma política clara de concessão de crédito, monitorar os recebíveis e agir com agilidade em casos de inadimplência são medidas que fortalecem a saúde financeira da empresa e garantem maior previsibilidade nas receitas.

Ítalo Bronzatti
Bronzatti & Pienis Advogados Associados 

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