ACI defende, novamente, a extinção do Piso Salarial Regional

Por ACI: 23/03/2018

Carta foi encaminhada ao governador do RS e aos deputados estaduais

Novo Hamburgo/RS - A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha encaminhou, na sexta-feira (23), ofício ao governador do RS, José Ivo Sartori, assim como para todos os deputados estaduais. O objetivo da entidade foi manifestar posicionamento sobre a proposta de reajuste de 1,81% remetida pelo Executivo para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A pauta deve entrar em votação na próxima semana. "O índice é aceitável, dado o encontro percentual com o salário mínimo nacional, mas é importante destacar que nossa entidade pugna pela extinção do salário mínimo regional há vários anos, baseada no fato de que o salário mínimo nacional ultrapassa em muito a inflação", ressalta o documento assinado pelo presidente da ACI, Marcelo Lauxen Kehl.

Conforme expõe a ACI, só no período compreendido entre o ano de 2000 e o de 2015, a inflação oficial foi 165% e um aumento real do salário mínimo nacional de 421,9%. "Daí a pertinente pergunta: se já existe um referencial nacional que contempla a reposição com ganhos para o trabalhador, por que a discussão de uma outra via para aumento na competência regional?", questiona a entidade.

O ofício ressalta ainda que todos, ou quase todos, são sabedores de que o simples aumento do salário não assegura riqueza. "Fosse assim, os países que buscassem sair da pobreza poderiam fazê-lo por projeto de lei decretando aumento puro e simples ao trabalhador, bem acima dos índices de reposição inflacionária para as suas populações. A implementação do salário mínimo regional veio para trazer mais instabilidade, insegurança e imprevisibilidade para a economia gaúcha, aliada a discussões sem fim sobre índices absurdos, irreais e inflacionários, como o índice de 16% aprovado do ano de 2015, que foi remetido pelo governador Tarso Genro e teve uma aprovação unânime, populista e grotesca por parte da Assembleia Legislativa", recorda a entidade.

A ACI destaca, ainda, que o índice do INPC em 2014 foi de 6,5%, e numa virada de ano desastrosa o empresário e a população gaúcha tiveram de adentrar o ano de 2015 com a notícia deste aumento de 16% que só trouxe desemprego e custo inflacionário para os gaúchos. A ACI empenhou todos os esforços no diálogo e na sustentação dos números da economia com as representações parlamentares. Teve presença nas galerias, nos gabinetes, oficiou ao Executivo e ao Legislativo documentos em prol de um aumento que respeitasse o teto dos 6,5%. "Naquela ocasião venceu o absurdo, o imponderável", lembra a entidade.

A carta argumenta, também, que no ano de 2016, ao invés de buscar minimizar a distorção dos anos anteriores com uma correção de 0%, a Assembleia Legislativa novamente aprovou um aumento de 9,6% para o salário mínimo regional. "E assim assistimos ano a ano a renovação deste acinte contra o desenvolvimento de um Estado que precisa retomar seus investimentos e seus resultados, dada a vocação para o trabalho e para os negócios. É nossa defesa constante a extinção do Piso Salarial Regional, pois somente esta poderá trazer algum equilíbrio as distorções causadas no passado recente e trará incentivo a formalização e manutenção de nossos empregos no Rio Grande do Sul", conclui a entidade.

Acesse aqui o documento na íntegra

De Zotti - Assessoria de Imprensa
Em 23/03/2018

 

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