‘A curto prazo, Brasil não deve dar nenhuma preocupação’, afirma Gustavo Segré

Por ACI: 29/08/2023

O palestrante do Prato Principal que a ACI realizou nesta terça-feira, 29, foi aplaudido pelos participantes não só pela análise política e econômica que fez do Brasil e da América Latina, mas também por expressar sua gratidão ao país. O empresário, comentarista da Jovem Pan e articulista da Revista Oeste Gustavo Segré – argentino que reside no Brasil há quarenta anos – afirmou que não se deve desistir de continuar a busca por um país melhor, independentemente de ideologias e partidos que se alternem no governo federal. “Nunca desista do Brasil. Vitória é, sobretudo, continuar quando a maioria já desistiu”, afirmou.

Segré disse que, ‘a curto prazo, o país não deve dar nenhuma preocupação aos brasileiros’, ainda que apresente certa fragilidade em um dos fatores, o superávit fiscal, do tripé econômico – superávit fiscal, meta por inflação e liberdade cambial – criado por Fernando Henrique Cardoso em 1994 e mantido pelos governos seguintes.

Para o palestrante, o ‘Brasil econômico’ vai bem e apresenta controle de inflação (4,90% ao ano), taxa de juros de referência em queda (a Selic deve chegar a 11,75% até o final do ano), taxa de desemprego também em queda (8,30%) e PIB em crescimento (previsão de alta 2,31% este ano). Já o ‘Brasil político’, em sua avaliação, preocupa devido à transição de presidencialismo de alianças para parlamentarismo de extorsão, como Segré denomina a pressão exercia pelo Centrão por emendas e cargos para aprovar pautas de interesse do governo federal.

Segré vê riscos em relação às reformas em tramitação no Congresso. Para ele, o arcabouço fiscal blindou o salário mínimo, que terá aumento real mesmo que em caso de descumprimento da meta fiscal, e a falta projetada de US$ 32 bilhões para fechar as contas obriga à taxação de fundos de investimentos. A reforma tributária, por sua vez, que deveria facilitar a vida dos contribuintes e reduzir a carga tributária, ao que tudo indica, não atenderá a esta necessidade.

“A expectativa, agora, é pela reforma administrativa, a mais importante de todas, que pode acabar com a estabilidade do funcionalismo público, com exceção dos casos de perseguição ideológica. No país, hoje, não dá demissão trabalhar errado”, enfatizou.

Riscos gerais

Gustavo Segré também fez referência a riscos como a atuação do Foro de São Paulo (organização que reúne partidos políticos e organizações de esquerda), o PL da Censura, que pode atingir a liberdade de expressão, os possíveis candidatos do PT e da oposição ao governo federal em 2006, às eleições na Argentina este ano e em diversos países da América Latina, em 2024, que podem alterar o mapa político atual.

Para os empresários, o palestrante enfatizou que os presidentes são inquilinos temporários no Planalto, a pandemia acelerou mudanças que estavam chegando e o importante é observar o ambiente econômico sem deixar de instrumentar um outro tripé, o do setor privado - Ser melhor, sem diferente e ser produtivo. "É isso que faz as empresas se desenvolverem e crescerem", finalizou

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