Um Novo Ano Urgente!

Por ACI: 04/01/2019

Após a cerimônia de posse do novo presidente do Brasil iniciaram-se, de imediato, as reuniões – agora oficiais - do novo Governo.

O Brasil está desafiado a construir um novo modelo de previdência pública e privada, e obrigado a tomar medidas para derrubar o inacreditável crescimento de suas contas públicas.

Há anos ouvimos, em todos os meios de comunicação, o sincero clamor de economistas mais conscientes sobre esta urgência brasileira, e também um não tão sincero discurso por parte de políticos sobre o mesmo assunto. No entanto, é muito comum, logo após serem noticiados estes apelos, ouvirmos algum anúncio de autorizações de gastos aprovadas por Legislativo, Judiciário ou Executivo, antes mesmo do próximo espaço comercial.

Ou seja, o que ocorre, na prática, é as corporações defenderem que as contas públicas sejam contidas, desde que não se mexa no bolso delas. E isto não é mais possível. Para evitarmos o ponto desastroso da insolvência geral, todos terão que abrir mão de parte de seus ganhos, principalmente os que sempre foram mais aquinhoados na divisão do bolo.

O ministro Paulo Guedes, em seu pronunciamento de posse, reafirmou que, sem uma ampla reforma de Estado, não há como atacar a ruína fiscal do país. Defendeu o teto de gastos os quais, em três décadas, foram de 18% para 36% do PIB, que será sustentado primeiramente por reformas como a da previdência, secundado por uma melhora do balanço patrimonial da União, por meio de privatizações e desmobilizações de ativos. E, por fim, a redução, simplificação e eliminação de tributos, o que será uma inversão histórica de um crescente e ininterrupto sistema arrecadatório em prol do Estado e avesso ao cidadão.

Pautou a inversão da pirâmide fiscal no Brasil - que hoje é redistribuída a partir de Brasília – afirmando que haverá uma nova ótica em prol dos Estados da Federação e dos municípios. Defendeu, ainda, o liberalismo como modelo econômico de transformação real de nossa sociedade perante os contribuintes e perante o mundo.

São deveras alvissareiras as propostas, a visão e o discurso do novo ministro da Fazenda, e é natural que agora se debatam e que se aprimorem tais propostas através da condução democrática. E oxalá possamos passar das boas ideias à prática, já que aí é que está o verdadeiro "X" da questão. Ou alguém acredita que aqueles setores e corporações que há décadas tomaram a máquina pública em seu proveito para se locupletarem, às custas de quem paga os impostos abrirão mão de suas benesses e privilégios sem lutar?

Mas é imperativo, neste início de um novo ciclo, que se avalizem os atos de coragem e de ruptura de modelos deste Governo em prol das mudanças que se fazem necessárias há décadas.E lembrar que, independente de alguém não gostar do capitão, se o barco furar iremos todos a pique. Negar essa realidade presente é negar um futuro para todos!

ACI-NH/CB/EV

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