ACI debate ZPEs e solicita melhorias no modelo operacional e legislativo

Por ACI: 29/09/2014

Abrameq também esteve na reunião ocorrida em Porto Alegre, na AGDI
 
Novo Hamburgo/RS – A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha, juntamente com a Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (Abrameq), esteve reunida, na quinta-feira (25), com representantes da Agência Gaúcha do Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI). No encontro, ocorrido em Porto Alegre, e coordenado pelo economista da AGDI Luiz Mury, o tema discutido foi sobre as ZPEs (Zona de Processamento de Exportação) no Brasil, seus aspectos atrativos, necessidades de alterações e melhorias no modelo operacional e legislativo.

Entre as questões abordadas na reunião e registradas pelo grupo, estava a preocupação com o modelo atual redutor pela exigência de operações de negócios com um volume mínimo de 80% voltado às exportações , uma vez que o cenário nacional produtivo encontra-se em via contrária a estes volumes por razões trabalhistas, de infraestrutura e burocráticas.

“As ZPEs não é um fato novo para o Brasil. As primeiras foram formalizadas há duas décadas e, nos últimos dez anos, se assinou a abertura de 24 ZPEs no país. Porém, a maior parte não saiu do papel. Outras foram disponibilizadas áreas, mas não houve infraestrutura ou motivações para que as empresas se instalassem nestes locais. Hoje, apenas duas ZPEs estão em funcionamento parcial, no Norte e Nordeste do país, mas com um número muito limitado de empresas. Os empresários do Rio Grande do Sul concluíram que, para a tentativa de resgatar o conceito de ZPEs que funciona muito bem em outros países da América Central e América do Norte, precisamos, antes de tudo, termos maiores investimentos em infraestrutura de portos e aeroportos. Assim como a modernização nos sistemas de liberação da Receita Federal que hoje, em função destas dificuldades, resultam em cargas retidas que chegam a ficar por mais de uma semana aguardando para serem embarcadas, enquanto que em outros países isto é uma questão de horas”, destacou o vice-presidente de Indústria da ACI, Evandro Kunst, que esteve presente na reunião, juntamente com o diretor de Relações Institucionais da entidade, Marco Aurélio Kirsch.
  
Kunst também ressalta que as empresas que são preponderantemente exportadoras hoje enfrentam muitas dificuldades de competir com outros países da América Latina, com menores encargos e maior flexibilização no sistema trabalhista. “Portanto, entendemos que estes devem ser os temas a serem priorizados”, complementa o vice-presidente de Indústria da ACI.

A Abrameq esteve presente na reunião através do presidente Marlos Schmitt. Também participaram do encontro representantes da FIERGS na área de Comércio Exterior, a Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação (ABRAZPE) e empresas exportadoras da indústria do Rio Grande do Sul.

De Zotti - Assessoria de Imprensa
Foto: Luiz Otávio/estagiário da AGDI
Em 29/09/2014

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