Imersão presencial reúne 32 profissionais e destaca importância da inovação

Por ACI: 11/05/2022

ACI e a StartSe University, de São Paulo, realizaram de 3 a 5 de maio, em Novo Hamburgo, o Executive Program, imersão presencial que reuniu 32 diretores, gerentes e coordenadores de empresas e um prefeito do Vale do Sinos.

Os três módulos do curso sintetizaram os princípios fundamentais que causam a aceleração das mudanças nas empresas, trazendo o que há de mais relevante no campo da inovação em tecnologia, mercado e gestão organizacional. Os participantes foram levados por uma jornada de profunda reflexão e desafiados, tendo saído aptos a colocar em prática transformações em suas organizações.

Com foco em inovação, os seis palestrantes enfatizaram que a nova economia impõe uma série de desafios às empresas, como reaprender a aprender, manter uma cultura centrada em pessoas e inovar para acompanhar as principais dinâmicas de transformação que estão em curso no mundo.

“Inovar é o meio mais rápido de se desenvolver e crescer. Essencialmente, inovar é aprender antes dos outros, pois os outros vão aprender, fazendo com que a janela de vantagens seja sempre temporária”, afirma Cristiano Kruel, head of innovation da StartSe e palestrante do primeiro dia.

Conforme ele, todos podem entender e aprender muito com as novas tecnologias e tendências de mercado, como inteligência artificial e metaverso, e quem quer se manter sintonizado nesse ambiente de complexidades precisa, entre outras atitudes, ficar perto ou acompanhar os praticantes que estão falando, inventando ou experimentando ‘incríveis coisas novas’.

Proposta de valor faz a marca especial

“Mais do que visão e missão, a empresa precisa ter um propósito, que é porque ela existe. É algo que se descobre e não se cria”, acrescenta Rafael Weber, um dos palestrantes do segundo dia. Para ele, colaboradores e clientes devem conhecer o propósito, que precisa ser ágil, adaptável e pivotável. A proposta de valor faz a marca especial para os clientes. O que a marca promete as pessoas e a cultura da empresa fazem e o negócio entrega. O sucesso do passado não garante resultados futuros, por isso é preciso provocar a disrupção dos valores, e o papel da liderança é fundamental para que a transição aconteça.

Outro palestrante do segundo dia, Cristiano Kanashiro diz que a inovação tem vários caminhos e está além da tecnologia. “Pode ser, por exemplo, a melhoria de um processo que leve à eficiência operacional. É um processo, não um departamento ou uma área da empresa, e pode ser aberto”, explica. Para ter sucesso, a inovação deve empoderar os colaboradores e todos precisam entender como ele impacta o negócio. Deve-se fazer do problema uma solução e focar na melhoria do serviço antes de pensar no produto. Para isso, uma dica é utilizar o ‘modo startupeiro’ de inovar, que prevê aprender, medir e construir continuamente. 

“Não há fórmula mágica para prever o futuro: planeje e faça, porque começar é mais importante do que estar certo”, sugere Romeo Busarello, também palestrante do segundo dia. Para ele, toda mudança é ruim no começo, confusa nomeio e linda no final e o segredo do sucesso é a constância. Ainda segundo Busarelo, razão, regras e rotina inibem a inovação, enquanto medo (de ficar para traz), ambição (ser o melhor) e preguiça (fazer mais com menos) são seus drivers. “Mas saiba que, em se tratando de inovação, todo custo é uma certeza e toda receita é uma esperança e, como diz Peter Senge, as organizações somente aprendem com pessoas que aprendem”, acrescenta.

Adaptabilidade para sobreviver

Mudar é o caminho que se tem pela frente, mas todo mundo tem receio em mudar, diz Fábio Neto, um dos palestrantes do terceiro dia. Conforme ele, as mudanças já não são mais incrementais e acontecem ao mesmo tempo. “No mercado atual, a previsibilidade passou a ser algo muito perigoso, até uma ingenuidade, muitas vezes, da gestão das empresas”, enfatiza. O palestrante argumenta que, como o mundo é completamente imprevisível, uma estratégia baseada numa vantagem competitiva sustentável deixa de fazer sentido, por isso, as licenças estratégicas são importantes. Algo pode ser relevante para a empresa hoje, mas amanhã pode estar vencer. Ela precisa enxergar isso com muita adaptabilidade e flexibilidade para mudar a direção, se necessário.

“A forma de o consumidor se relacionar com as marcas também mudou. Ele tem expectativas muito diferentes do que tinha há dez ou 15 anos e, se as empresas não se adaptarem a esse modelo, com serviços mais fáceis, menos fricção, mais adaptabilidade e individualização dos serviços, não vão sobreviver”, destaca.

Contexto em vez de controle

“Ninguém muda por que quer. Muda-se por ameaça ou oportunidade. Mudança é mais uma condição de mindset do que de tecnologia”, diz Pedro Engert, CEO da StartSe e também palestrante do terceiro dia. Em sua avaliação, o mundo se transforma muito rapidamente e exige que se aprenda o máximo possível. Para isso, é necessário um novo modelo de gestão e equilibrar alinhamento com autonomia da equipe e inovar, que tem a ver com incentivo e segurança emocional. Um estilo de gestão misto entre startup e empresa é o ideal, porque aproxima pessoas e as estimula a inovar. “Mas a empresa não pode basear suas estratégias apenas em inovações incrementais. Precisa fazer inovações disruptivas”, alerta.

Os modelos tradicionais de gestão, baseados em controle, não mais se justificam, pois, além de caros, são desestimulantes. O ideal, agora, é a gestão por contexto e o alinhamento da equipe, para fazer as coisas de uma nova forma. Para isso, o propósito é relevante. Reconhecer os talentos e adotar um programa de remuneração que acompanhe o crescimento da empresa também é muito importante. Mas atrelar o bônus apenas a um salário a mais, por exemplo, pode ser um erro.

Opiniões de participantes

“Considero inovadora a iniciativa da ACI, oportunizando repensar e conhecer novas formas de negócios. Achei muito proveitoso o curso para entender as demandas da “nova economia”. Nossa entidade está de parabéns!” - Izabela Lehn – Advogada e integrante do Comitê Jurídico da ACI

"Imersão para desbloquear formas de pensar e aprender com novos líderes sobre o novo mercado. "Golaço" da ACI, que trouxe uma novidade só vista em grandes centros e ainda teve adesão de vice-presidentes e membros do Conselho Deliberativo”. - Daniel Antônio de Campos – Contador e Vice-presidente de Serviços

“O curso da StartSe é transformador, em especial quanto à mudança de mentalidade, utilizando a tecnologia para trazer inovações constantes dentro das organizações. Os modelos de negócios precisam ser reinventados constantemente.” - Leandro Kolling – Contador e Vice-presidente Regional de Estância Velha

“Foi realmente disruptivo e abriu a minha cabeça para um mundo de possibilidades que existem lá fora e que estão batendo à nossa porta. A experiência foi muito valiosa e serviu para reprogramar a mente para o futuro (depois de me desnortear nos primeiros dias). Quero deixar um agradecimento a todos que estiveram comigo e fizeram parte desse aprendizado, à entidade forte que esteve em peso e em especial ao presidente Diogo Leuck e ao Vice-presidente de Gestão Estratégica, Eduardo Cansi, por terem “botado pilha” para gente não perder de forma nenhuma essa oportunidade.” - Ítalo Bronzatti – Vice-presidente Jurídico

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