Remoção de tumor raro é realizada no Hospital Regina

Por ACI: 28/05/2020
Foto: Rodrigo Beilke e Eduardo Añes durante remoção do nasoangiofibroma

Sangramento frequente do nariz, dor de cabeça, rosto inchado. Sintomas comuns, mas que servem de alerta para um problema raro chamado Nasoangiofibroma Juvenil. Após o diagnóstico, o tratamento é realizado através de ressecção cirúrgica que requer profissionais altamente capacitados e estrutura completa para o atendimento e recuperação do paciente. Por isso, o Hospital Regina foi a Instituição escolhida para acolher o procedimento, realizado no dia 29 de abril, pelos cirurgiões otorrinolaringologistas Eduardo Añez e Rodrigo Beilke.
 
A lesão é característica por atingir jovens e jovens adultos do sexo masculino. Apesar disso, o tratamento em questão foi realizado em um homem de 30 anos, devido diagnóstico tardio. “O tumor é oriundo de uma artéria e ricamente vascularizado, como um enovelado de vasos mal formados que crescem. Neste caso, o ponto de origem ficava abaixo e próximo da região da base do crânio. Por isso, a cirurgia se estendeu além do nariz”, explica o cirurgião Eduardo Muller. 
 
De forma tradicional, o procedimento é realizado com abordagens combinadas e mais invasivas para chegar à origem da lesão. Neste caso, a cirurgia foi realizada através de endoscópio, sem cortes externos, o que proporcionou uma recuperação mais rápida e melhor qualidade pós-operatória ao paciente.
 
Historicamente, este tipo de intervenção está associado a grandes sangramentos, possuindo grande risco de óbito durante ou após a operação e, por isso, o sucesso do procedimento foi comemorado. “Contamos com o auxílio da hemodinâmica para uma embolização (obstrução do fluxo sanguíneo) no tumor, como parte importante do tratamento pré-operatório e que foi decisivo para a contenção do sangramento e sucesso da operação”, conta. A embolização foi realizada pelos Neurocirurgiões Daniela Lunelli e Marcelo Reis. Também participaram da cirurgia as anestesistas Dayane Hinnah e Renata Oliva Rosa.
 
Segundo Añes, a retirada do tumor através deste método é inédita na região. “É um procedimento que necessita de estrutura e um longo treinamento. O fato de trabalhar com o Rodrigo e ter essa parceria para a tomada de decisões certamente nos capacita e auxilia em nossa evolução profissional”, conclui.

Fonte/Associado: Hospital Regina

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