Não à perpetuação da bandeira preta e aos negócios falindo!

Por ACI: 17/04/2021
Com a inconcebível repetição da bandeira preta nesta sexta-feira, dia 16, chegaremos a dois meses nesta situação. E abaixo segue o porquê de classificarmos esta decisão como um grande erro do governo do estado:
1. Ocupação de leitos clínicos voltou aos números de 28/02, apresenta queda desde 12/03 e em 15/04 era de 38,9%;
2. Ocupação de leitos de UTI voltou aos números de 03/03, vem caindo desde 13/03 e em 15/04 era de 88% (sendo que os do SUS tinham ocupação de 82,7%); 
3. Devido a esta queda de ocupação leitos de UTI têm sido desmobilizados – eram 3411 em 09/04 e em 17/04 eram 3372, uma redução de 38 leitos;
4. Os óbitos, apesar de terem alcançado números muito elevados, e em vários dias na segunda quinzena de março representarem mais de 10% dos óbitos totais do país, vêm caindo de lá para cá, tendo alcançado uma redução de 14,85% de 01/04 até 16/04;
5. A utilização de respiradores também vem caindo, e hoje está em 64,2%.
(Todas estas informações foram retiradas do site do governo do RS, https://bit.ly/boletim_hosp_RS).
Mesmo diante destes números inequívocos, o governo afirma que houve “desaceleração na queda de internação em leitos clínicos, e o índice de leitos livres versus leitos ocupados alcançou 0,19, e a meta é de 0,35”, e por isto não usa os índices que ele mesmo estabeleceu lá no início deste sistema de bandeiras. Pois, por estes índices, hoje teríamos regiões que poderiam estar em bandeira vermelha e, até, em bandeira laranja (caso da de Novo Hamburgo), e com a cogestão usariam os parâmetros da bandeira imediatamente abaixo. 
A análise destas informações leva a uma única conclusão, e pode-se chegar a ela por duas vias: 1. Se foi o distanciamento controlado que levou à redução de todos os índices da pandemia, ele agora deve ser flexibilizado, com a utilização das bandeiras corretas, pois alcançou os seus objetivos; 2. E se aceitarmos a explicação do governo, de que negócios fechados ou funcionando de forma precária durante oito semanas não resolveu o problema, concluímos que isto não funciona, e por isto mesmo devemos voltar ao que foi definido lá atrás.
Isto tudo posto, mais o fato de que agora não faltarão mais vacinas, e que a vacinação da população segue acelerando e levará o estado a um patamar de contaminação e de óbitos muito mais razoáveis, nos leva a clamar para que o governador Eduardo Leite cumpra, ao menos, o que estabeleceu há quase um ano, em 30/04/2020, com seu distanciamento controlado por bandeiras.
Que o bom senso, a ciência e a voz da razão alcance o nosso governador e sua assessoria, e que esta artificial bandeira preta seja arriada imediatamente!

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