Governança corporativa assegura relações éticas e transparentes da empresa

Por ACI: 04/10/2021

Empresas de todos os portes e objetos sociais vêm implementando a governança corporativa, que é um sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo relacionamento entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.

A advogada Eliana Fialho Herzog, palestrante de webinar sobre o tema realizado pela ACI na última sexta-feira, 01º, com medição da professora Laís Machado Lucas, afirma que os principais princípios da governança corporativa são transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade por parte dos agentes de governança em relação a todas as partes interessadas da empresa.

Conforme ela, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) disponibiliza em seu site diversas publicações que podem servir de referência à implementação da governança corporativa. As obras destacam os principais conceitos da governança corporativa, como o compliance, que é uma espécie de linha mestra que guia o comportamento da empresa perante o mercado em que atua. São ações práticas voltadas a garantir relações éticas e transparentes dentro da empresa, entre empresas e, principalmente, com o Poder Público.

O compliance se faz necessário devido ao ambiente controlado em que as empresas estão inseridas, como alterações normativas e fiscalizatórias, interpretação dinâmica das normas e ação da imprensa, dos sindicatos e do Poder Público,

“Muitas empresas utilizam fatores econômicos para justificar a não implementação, mas, se os custos de implementação de um programa de governança corporativa são altos, mais altos ainda são os custos de não implementá-lo”, diz Eliana. Conforme ela, mitigação de riscos, transparência na divulgação de informações e ser reconhecida por cumprir e impor medidas para cumprimentos de norma legais e regras são alguns dos objetivos/benefícios que a governança corporativa proporciona.

Mudança cultural

Para a palestrante do webinar, cada vez mais se faz necessária uma mudança cultural por parte das empresas, que devem abandonar a postura de controladas e investigadas e assumir uma postura ativa de revisão de revisão de conduta e conhecer os riscos institucionais a que estão sujeitas.

O suporte da alta administração é necessário para o sucesso de um programa de governança corporativa, assim como uma constante avaliação de riscos e um código de conduta e políticas internas. “É papel dos administradores disseminar internamente e para seus fornecedores e prestadores terceirizados a importância de seguir os padrões estabelecidos”, explica Eliana.

O indicado é criar um escritório ou comitê de compliance para mapear riscos e oportunidades, criar um código de conduta e procedimentos, realizar ações de comunicação, criar um canal de reporte e realizar corretivas. “Os integrantes do comitê podem ser profissionais com poder de decisão para atuar como multiplicadores, pensar e vender a cultura do compliance, receber denúncias e encaminhar investigações”, acrescenta.

Canal de reporte

Eliana enfatiza que a criação de um canal de denúncias também é indicado. Pode de ser uma caixa chaveado sobre o balcão ou uma área no site da empresa em que os públicos interno e externo possa fazer denúncias envolvendo a empresa. “Deve-se assegurar o anonimato do denunciante e dar retorno a todas as informações recebidas, além de impedir qualquer tentativa de retaliação”, finaliza.

Patrocinadores do webinar: Sicoob MaxiCrédito e Lauermann Schneider Auditoria e Consultoria

Parceiro: IBGC

Receba
Novidades