Fiscalização, intervenções na estrutura e educação de condutores para reduzir acidentes e mortes na RS-239

Por ACI: 14/10/2021

A RS-239 registrou cerca de 300 acidentes e 29 mortes entre janeiro e outubro deste ano, números que comprovam ser uma das rodovias mais perigosas do estado. As estatísticas oficiais obrigam a uma imediata tomada de decisão, sob pena de vermos a realidade ficar ainda mais trágica a cada dia.

Aumento da fiscalização e do controle eletrônico de velocidade são medidas urgentes em toda a extensão da rodovia, que dispõe de retas e acessos que constituem-se em locais de risco para motoristas e pedestres ao longo de 123 quilômetros.

Fechar estes acessos parece não ser indicado devido aos efeitos negativos que isso poderia representar, mas a instalação de rótulas e passarelas mostra-se viável. Além disso, a maior presença de policiais com equipamentos eletrônicos é indicada para inibir a imprudência de condutores que abusam da velocidade e, por vezes, da bebida alcoólica, especialmente em período noturno.

Entidades empresariais e lideranças políticas têm que, mais uma vez, assumir o papel de interlocução com o governo do estado para ver atendidas demandas da região.

Propõe-se, por exemplo, a criação de uma comissão multidisciplinar, em que cada um dos 12 municípios ao longo da rodovia possa apresentar o que ocorre no trecho que lhe corresponde e estas informações sirvam de referência para que a EGR (ou o que for substituí-la) adote os devidos procedimentos de correção.

Ademais, deve-se levar em conta tratar-se de uma rodovia pedagiada, cujos recursos arrecadados, além de divulgados com transparência, devem ser aplicados integralmente em intervenções que melhorem o tráfego, preservem a vida dos transeuntes e beneficiem a economia da região.

Em relação aos motoristas defendemos, além da aplicação de multas mais pesadas e da devida responsabilização criminal, a participação em um programa regular de educação e conscientização para o trânsito, para que trafeguem na velocidade e nas condições físicas permitidas. As empresas também podem colaborar, orientando seus profissionais para que dirijam com cautela e obedeçam à sinalização.

Reconhece-se os esforços do Batalhão de Polícia Rodoviária para fiscalizar a rodovia, mas o aumento dos números de acidentes e óbitos indica serem necessárias ações mais intensivas para frear os excessos, que muitas vezes vitimam inocentes, com consequências geralmente irreparáveis a famílias e empresas.

A redução do número de acidentes e vítimas fatais na RS-239 deixou de ser problema policial para transformar-se num desafio urgente de toda a região.

ACI-NH/CB/EV

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