Empresas familiares e famílias empresárias devem separar assuntos, treinar a comunicação e desenvolver estruturas de governança

Por ACI: 13/10/2021

A ACI e o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) realizaram nesta quarta-feira, 13, o 3° encontro do Fórum Governança Corporativa em Empresas Familiares de Pequeno e Médio Porte, em que Claudia Tondo, sócia e diretora técnica da Claudia Tondo Desenvolvimento de Famílias Empresárias, abordou o tema Dinâmica das Relações e Processo Sucessório. A facilitadora convidada foi Camile Bertolini, conselheira e diretora da Gota Limpa Produtos de Limpeza.

Conforme Claudia, empresas familiares e famílias empresárias enfrentam muitos desafios ao longo de sua trajetória. Para pequenas empresas (1ª geração), os principais desafios são a sobrevivência e fazer com que os familiares ajudem (em vez de atrapalhar) os negócios. Além destes, há outros, como separar os assuntos da empresa e da família. “Se ainda não for possível escolher bons consultores e bons conselheiros, recomenda-se fazer cursos sobre empresas familiares e conversar com outras famílias empresárias”, disse Claudia.

Já em empresas médias (2ª geração em diante), o desafio é separar os assuntos de cada um dos três círculos: família, propriedade e empresa. Assuntos da família devem ser resolvidos em família, de propriedade na propriedade e da empresa na empresa. Para que isso se torne mais fácil e favorável aos negócios, Cláudia indica ações como buscar desenvolver estruturas de governança corporativa, especialmente um conselho para negócios e outra para a família, treinar a comunicação (principalmente como fazer as coisas) e escolher bons consultores e bons conselheiros.

Além disso, é necessário organizar e planejar o processo sucessório, que leva de seis a oito anos e envolve iniciativas como dedicar tempo para pensar alternativas para a sucessão, evitar gatilhos (acidentes, morte e outros) com a família despreparada, fazer a escolha dos sucessores e lideranças, comprometer toda a empresa, a família e a sociedade para a continuidade e compartilhar o sonho e o propósito da família empresária e da empresa familiar.

“As empresas familiares e famílias empresárias precisam estar conscientes de que, se quiserem continuar, têm que alinhar sonho e propósito, comunicar-se de maneira cada vez mais eficiente e reforçar estruturas de governança”, afirma Claudia. De acordo com ela, a sintonia natural que há entre os fundadores e integrantes da primeira geração costuma ser alterada com o ingresso de sucessores. Por isso, as sugestões precisam ser levadas em consideração. “Lideranças familiares e não familiares aparecem na empresa e os dirigentes precisam estar atentos”, finaliza.

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Realização: ACI e IBGC

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