ACI reforça, em carta encaminhada ao governador e deputados, posição contrária a existência do salário mínimo regional

Por ACI: 28/03/2017

Novo Hamburgo/RS - A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha encaminhou, na terça-feira (28), carta ao governador do Rio grande do Sul, José Ivo Sartori, com cópia para todos os deputados estaduais, se posicionamento sobre a proposta de reajuste de 6,48% remetida pelo Executivo para a Assembleia Legislativa, que está pautada para votação nesta semana.

A entidade sempre se manifestou pela extinção do salário mínimo regional, baseada no fato de que o salário mínimo nacional ultrapassa em muito a inflação. A título de ilustração, só no período compreendido entre o ano de 2000 e de 2015, houve uma inflação oficial de 165% e um aumento real do salário mínimo de 421,9%. “Se já existe um referencial nacional que contempla a reposição com ganhos para o trabalhador, por que a discussão de uma outra via para aumento na competência regional? Todos, ou quase todos, somos sabedores de que o simples aumento do salário não assegura riqueza. Fosse assim, os países que buscassem sair da pobreza poderiam fazê-lo por projeto de lei decretando aumento puro e simples ao trabalhador, bem acima dos índices de reposição inflacionária para as suas populações”, destaca a carta, assinada pelo presidente da ACI, Marcelo Clark Alves.

A entidade também argumenta que a implementação do salário mínimo regional veio para trazer mais instabilidade, insegurança e imprevisibilidade para a economia gaúcha, aliada a discussões sem fim
sobre índices absurdos, irreais e inflacionários. “Como o índice de 16% aprovado do ano de 2015, que foi remetido pelo então governador Tarso Genro e teve uma aprovação unânime, populista e grotesca por parte da Assembleia Legislativa. O índice do INPC em 2014 foi de 6,5%, e numa virada de ano desastrosa o empresário e a população gaúcha tiveram de adentrar o ano de 2015 com a notícia deste aumento de 16% que só trouxe desemprego e custo inflacionário para os gaúchos”, complementa o ofício da entidade, lembrando que a ACI empenhou todos os esforços no diálogo e na sustentação dos números da economia com as representações parlamentares, além de ter presença nas galerias, nos gabinetes, e oficializar ao executivo e ao legislativo documentos em prol de um aumento que respeitasse o teto dos 6,5%.

No ano de 2016, pontua a carta da ACI, ao invés de buscar minimizar a distorção dos anos anteriores com uma correção de 0%, a Assembleia Legislativa novamente aprovou um aumento de 9,6% para o salário mínimo regional. “E assim assistimos, ano a ano, a renovação deste acinte contra o desenvolvimento de um Estado que, pelo terceiro ano consecutivo, tem a sua economia encolhida, contando com mais um triste número de queda do PIB regional - da ordem de 3,1% em 2016. “Faremos todos os nossos esforços e nosso apoio na derrubada desse Projeto de Lei que consagra o desemprego e o desencontro de índices. Somente a derrubada do PL 9/2017 e a extinção do Piso Salarial Regional podem trazer algum equilíbrio as distorções causadas no passado recente e trará incentivo a formalização e manutenção de nossos empregos no Rio Grande do Sul. Acreditamos num Rio Grande do Sul responsável e possível”, finaliza a ACI

Acesse aqui o documento na íntegra 

De Zotti – Assessoria de Imprensa
Em 28/03/2017

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