A nova fábrica de calçados-NFC: A fábrica complexa
Associada: Cinética Assessoria
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.”
Salmo 127:1
A Gestão Estratégica do Conhecimento aplicado à Fábrica em descrição.
1-O conceito de Conhecimento como o fundamento essencial para esta fábrica em descrição!.
Se fizerem a seguinte pergunta para os gestores e operadores de organizações das mais diversas atividades econômicas, sejam elas de produtos ou de serviços: Qual o conceito de Conhecimento?, certamente um número expressivo destes, teria dificuldades para dar uma resposta á este questionamento.
Situações como esta, não podem ser motivo de críticas, pois não é comum as pessoas lidarem com o Conhecimento que envolve as suas ações, sua decisões, sua opiniões, suas manifestações e suas atitudes. Verifica-se por isto, que o conceito de Conhecimento não é um consenso entre as pessoas, e inclusive entre gestores e operadores organizacionais. A história demonstra esta afirmação!. Isto faz com que um conceito efetivo e real precisa ser adotado e difundido na sociedade para consolidar o que é Conhecimento, de modo que a sociedade e as pessoas alinhem as suas mentes com um significado universal deste termo em consideração.
Com o propósito de avançar para deixar claro o que representa este termo, vamos então nos valer do pesquisador Nokia (1994) o qual coloca como conceito de Conhecimento a descrição que segue: “Conhecimento é uma crença justificadamente verdadeira”.
Já o estudioso Grant (1966) coloca: “desde que esta que são tem intrigado alguns dos maiores pensadores da humanidade, desde Platão a Popper, sem a emergência de um claro consenso, a busca de uma definição para Conhecimento, não pode existir uma arena que eu escolho para competir e então definir o que é Conhecimento!. Esta manifestação de Grant pouco colabora para definir o que é Conhecimento.
Para não alongar mais o debate, utilizaremos a proposta de Nokia!
Apresentadas estas considerações destes estudiosos, entendemos ser o conceito de Nokia uma efetiva contribuição para esclarecer o que é Conhecimento.
A definição de estudioso nos permite fazer uma proposta mais adequada colocando ser o Conhecimento: “Um conjunto de crenças manifestadas por um indivíduo, ou por um grupo de pessoas ou por uma sociedade, as quais, as crenças, estabelecem relações causais entre fenômenos!”
Avançando mais na conceituação de fatores de interesse tanto de pessoas, como das organizações e da sociedade, coloca-se ser a Inovação um processo de criação de um Conhecimento inédito que resulta em mudanças e avanços para a sociedade, mesmo que esta não perceba clara e imediatamente o avanço gerado.
2-O Conhecimento e a sua capacidade de gerar mudanças e avanços, aplicáveis à Nova Fábrica de Calçados-NFC: A estruturação da espontaneidade organizacional.
Os componentes estruturantes do Conhecimento no local de trabalho, são essenciais às organizações e portanto também, à Nova Fábrica de Calçados-NFC, e estes são três:
I-O Componente Conscientização: É o mais fácil de se identificar e explicar, pois os gestores e operadores, no nosso caso da Nova Fábrica de Calçados-NFC conseguem entender e demonstrar o que estão fazendo. Os operadores e gestores da Nova Fábrica de Calçados-NFC, devem estar consciente e focados para que esta sapateira operada pela simultaneidade, gere ganhos e vantagens de produtividade incomuns pelo interiorização do Conhecimento nas mentes de todos os membros desta organização sapateira.
Esta condição exige mentes abertas pelo Conhecimento desenvolvido e impulsionado pela Simultaneidade disseminada por toda esta sapateira em descrição.
II-O Componente Automatismo: É aquele em que os operadores sabem automaticamente que devem operar segundo o fundamento da Simultaneidade. O automatismo deve alinhar-se com o fundamento da Simultaneidade!. Este alinhamento requer um Conhecimento dominador efetivo dos sistemas produtivos da fábrica em descrição
III-O Componente Coletivivismo diz respeito ao Conhecimento desenvolvido pelos operadores da fábrica em descrição e compartilhado com os outros interessados, como os fornecedores de produtos e serviços para a fábrica. O fundamento da Simultaneidade e seus avanços devem demonstrar que há um coletivismo em ação na fábrica de calçados em descrição. A Nova Fábrica de Calçados-NFC deve criar e consolidar uma coletividade de produção de calçados baseada na intermediação do Conhecimento desenvolvido com os seus fornecedores e compradores, formando uma Coletividade de aperfeiçoamento r gerar do Conhecimento gerador de calçados de forma cooperativada. O Conhecimento desta estrutura produtiva deve ser coletivizado entre todos organizações e pessoas envolvidas.
IV-O Componente Produção Simultânea e a Taxa de Conhecimento dos gestores e dos operadores do fundamento da Simultaneidade da fábrica em descrição.
Estes fatores estruturam um modelo de produção e de atendimento dos mercados e dos compradores de calçados de modo contínuo, configurando e estrutura um modelo de produção de Conhecimento organizacional.
As deficiências de Conhecimento desta estrutura sapateira são compartilhados entre os operadores da Nova Fábrica de Calçados-NFC e entre os Usuários dos calçados adquiridos. A terceira parte envolvida neste compartilhamento de Conhecimento, são os Fornecedores da Nova Fábrica de Calçados-NFC.
É importante lembrar serem os usuários dos calçados a parte mais sensível às não conformidades dos calçados e por isto, eles têm o poder máximo sobre a Nova Fábrica de Calçados-NFC, pois são eles que “pagam a conta” quando os calçados não alcançam os níveis de satisfação por eles esperados e desejados.
3-Promovendo a espontaneidade da geração do Conhecimento para a estruturação de sistemas de produção baseados na Simultaneidade plena: Fugindo da comodização do Conhecimento aplicado aos sistemas de produção lineares e sequenciais hoje utilizados pelas fábricas de calçados.
É importante quando da geração de produtos e serviços, ter-se em mente a conscientização de que o Conhecimento, as idéias e a imaginação podem ser transformadas em produtos e serviços, no nosso caso, em calçados. Esta transformação não é nova para a sociedade!.
A pergunta emergente poro posta é: Podem o Conhecimento e os fundamentos de estruturação e de operacionalização de sistemas de produção, tornarem-se uma comoditie?
A resposta é: Sim!. Os fundamentos de sistemas produtivos baseados na Sequencialidade Linear de operações criados e desenvolvidos por Henri Ford para a produção de automóveis e hoje também de calçados, são uma “comóditi”!, ou seja, os fundamentos da Sequencialidade das Operações Lineares de sistemas de produção aplicam-se igualmente e repetitivamente em qualquer sistema produtivo, inclusive na de calçados, indistintivamente do modelo de calçado produzido.
Esta condição de commodity não se refere somente aos aspetos físicos das estruturas de produção, mas principalmnete, do modo de pensar e do modo de projetar as estruturas destes sistemas produtivos. Não existe uma espontaneidade criativa dos sistemas produtivos, pois eles seguem sempre uma mesma regra: Sequencialidade linear de operações para produzir os calçados.
Os fatores, atualidade de moda dos calçados e de produção de acordo com estes ditames , são totalmente e /significativamente desprezados e esquecidos, porque as estruturas produtivas – de sequencialidade - se repetem sistematicamente, gerando perdas invisíveis encarecedoras dos calçados.
Igualmente é real a afirmação: estas estruturas de produção não são espontâneas e muito menos criativas, e sim, são forcadas na sequencialidade que é rígida!. A grande verdade é: A linearidade e sequencialidade operacional sufocam e tiram a espontaneidade dos sistemas de produção, geram perdas de toda a natureza de modo imperceptíveis, consumindo tempo e “envelhecendo” os calçados frente aos ditames da moda e dos desejos dos consumidores.
4-Desenvolvendo a estruturação da espontaneidade da criação do Conhecimento gerador de estruturas produtivas de alta eficiência, baseadas na simultaneidade das operações da Nova Fábrica de Calçados-NFC.
1-Levando vantagem das incoerências.
O ambiente que envolve e cerca as organizações, sejam elas geradoras de produtos ou de serviços, é conduzido pelo fundamento da sequencialidade das operações produtivas. A pergunta que aflora é: Porque Henri Ford escolheu e optou pelo o fundamentos da sequencialidade das operações dos sistemas de produção de bens e de e de serviços?. Certamente foi esta a lógica operacional que lhe pareceu a mais adequada. Sua mente cartesiana lhe mostrou ser este o caminho mais lógico e mais racional. Mesmo que a sequencialidade operacional seja uma incoerência, ela foi aceita imediatamente e como uma inovação fantástica e poderosa, que “derrubou” os sistemas de produção da época identificados pela desorganização e sem regramento. O sucesso de Henry Ford e de suas linhas de montagem foi fantástico.
A segunda guerra mundial mostrou que sistemas operacionais baseados no fundamento fordista permitiram que os EEUU tivesse um papel relevante e de alto destaque neste conflito. Certamente os aliados não teriam vencido a guerra se este fundamento operativo não teria sido implementado.
A tendência mundial dos sistemas produtivos é o da simultaneidade que representa a coerência dos sistemas.
As fábricas sequenciais ainda levam vantagem competitiva mesmo com a sequencialidade incoerente, porque ainda “não acordaram” para a simultaneidade operacional.
A empresas alemãs e chinesas e a Nova Fábrica de Calçados-NFC, estão avançando rapidamente na simultaneidade operacional da produção de bens
2-A interiorização do Conhecimento essencial à fábrica
Difundir, apoiar e consolidar o conhecimento relacionado à Produção Simultânea requer primeiramente e de modo inevitável, o reconhecimento de sua existência. Os gestores e operadores das fábricas calçadistas devem antes de tudo, reconhecer e acreditar na sua existência – a simultaneidade- e nas suas incomensuráveis vantagens competitivas. Este proposta necessária para as fábricas não se trata de um modismo, para os gestores e operadores das fábricas fazerem experimentos de modo aleatório. O que é necessário é uma efetiva interiorização da simultaneidade nas mentes dos operadores das atuais fábricas para que aprendam e acreditem na existência real e efetiva na Simultaneidade.
3-A intermediação do Conhecimento da Simultaneidade
O conhecimento do fundamento operacional da Simultaneidade deve ser intermediado pela liderança maior da fábrica, nas mentes dos demais gestores desta organização em descrição, em um primeiro momento.
Os operadores da fábrica do nível operacional igualmente deverão interiorizar em suas mentes e atitudes, o fundamento da Simultaneidade.
Este é o maior desafio a ser enfrentado pelos líderes da fábrica que optou por esta mudança radical dos fundamentos operacionais de sua fábrica de calçados.
O trabalho dos gestores deve ser portanto, o de intermediar os fundamentos da Simultaneidade operacional com os operadores dos processos de produção dos calçados. Sem a difusão ativa da Simultaneidade por toda a fábrica em descrição, certamente os benefícios da Simultaneidade serão efêmeros com perdas da capacidade competitiva da fábrica em descrição.
4-A intermediação para a participação
Os gestores da fábrica em descrição devem ir além da intermediação do Conhecimento com os operadores da fábrica em descrição. Eles devem necessariamente intermediar a sua participação ativa no processo de produção dos calçados. Sem a participação efetiva dos operadores na operacionalidade da produção, certamente o fundamento da Simultaneidade não se consolidará e gerará as vantagens competitivas para a fábrica em descrição nos seus mercados atuais e potenciais.
5-Intermediação pela tradução
Certamente esta exigência aos gestores e aos operadoras da fábrica em descrição é a mais desafiadora, pois uma vez tornada a Simultaneidade um hábito interiorizado na Nova Fábrica de Calçados-NFC, o “mundo externo da fábrica” continuará sendo regido pela sequencialidade linear ou seja, está continuará a florescer nos ambientes externos –os mercados- da fábrica em descrição. No ambiente de fornecimento dos insumos para a fábrica em descrição, ações de mudança da cultura sequencialita certamente será alcançada após o desenvolvimento de ações dirigidas para este propósito.
Certamente os mercados e os consumidores, por um bom tempo, continuarão pensando de modo sequencial. Esta condição/situação diminuirá o poder da simultaneidade do atendimento. Os mercados deverão ser alertados e re-educados para o fator imediataz desenvolvido pela fábrica em descrição. É absolutamente necessário que os mercados consumidores entendam o valor da Simultaneidade do atendimento de seus desejos e necessidades de estarem alinhados com a moda em vigência. A Nova Fábrica de Calçados-NFC deverá necessariamente mudar o modo de pensar dos mercados e dos consumidores, criando o paradigma de imediatos dos atendimentos de suas necessidades de atualidade de moda dos calçados ofertados para a aquisição.
Estas colocações buscam demonstrar que a Nova Fábrica de Calçados-NFC deve ir além da sua condição de produzir calçados. Estes produtos são um meio e não um fim! Ou seja, este fim é o de ver os mercados e os consumidores como os geradores de uma energia que move a produção de calçados, ou seja, os mercados consumidores são os que comandam a operacionalidade da Nova Fábrica de Calçados-NFC alicerçada no fundamento da Simultaneidade!
Quem viver, verá!
Fonte: Cinética Assessoria
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