A nova fábrica de calçados-NFC: A fábrica complexa

Por ACI: 11/09/2018

Associada: Cinética Assessoria

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.”
                                                                                                                    Salmo 127:1
A Gestão  Estratégica do Conhecimento aplicado à Fábrica em descrição. 

1-O conceito de Conhecimento como o fundamento  essencial para esta fábrica em descrição!.

Se fizerem a seguinte pergunta para os gestores e operadores de  organizações das mais diversas atividades econômicas,    sejam elas de produtos  ou de serviços: Qual o conceito de Conhecimento?,   certamente um número expressivo destes,  teria dificuldades  para dar uma  resposta  á este questionamento. 

Situações  como esta,   não  podem ser  motivo de críticas,   pois não é comum as pessoas lidarem  com o Conhecimento  que envolve as suas ações, sua decisões,  sua opiniões, suas manifestações  e suas atitudes.   Verifica-se   por  isto, que  o conceito  de  Conhecimento  não é  um consenso entre as pessoas,  e inclusive  entre gestores e operadores organizacionais.   A história demonstra  esta afirmação!.  Isto faz com que um conceito efetivo e real precisa   ser adotado e difundido na sociedade  para  consolidar o que é Conhecimento, de modo que a sociedade e as pessoas  alinhem  as suas mentes com um significado universal deste termo em consideração.  

Com o propósito de avançar para deixar claro o que representa este termo,   vamos então nos valer do pesquisador Nokia (1994)   o qual coloca como conceito de Conhecimento  a descrição  que segue: “Conhecimento  é uma crença  justificadamente  verdadeira”. 

Já o estudioso Grant (1966) coloca: “desde que esta que são   tem intrigado  alguns dos maiores  pensadores da humanidade,  desde Platão a Popper,  sem a emergência  de um claro  consenso,  a busca de uma definição para Conhecimento, não pode   existir uma  arena  que  eu escolho  para competir e então definir o que é Conhecimento!.  Esta manifestação de Grant  pouco colabora para definir o que é Conhecimento. 

Para não alongar mais o debate, utilizaremos  a proposta de Nokia!

Apresentadas estas considerações destes  estudiosos, entendemos  ser  o conceito de Nokia  uma efetiva contribuição para esclarecer o que é Conhecimento.  

A definição de estudioso nos permite fazer uma proposta mais adequada colocando ser  o Conhecimento:   “Um conjunto  de crenças manifestadas por um indivíduo, ou por um  grupo de pessoas  ou por uma sociedade,  as quais, as crenças,  estabelecem  relações causais  entre  fenômenos!”

Avançando mais na conceituação  de fatores  de interesse tanto de  pessoas, como  das organizações e da sociedade, coloca-se ser a  Inovação um processo  de criação  de um Conhecimento inédito  que  resulta em  mudanças e   avanços para a sociedade, mesmo que  esta   não perceba clara e imediatamente  o avanço gerado.   

2-O Conhecimento e a sua capacidade de gerar mudanças e avanços,  aplicáveis  à Nova Fábrica de Calçados-NFC: A estruturação da espontaneidade organizacional. 

Os componentes estruturantes do Conhecimento  no local de trabalho, são essenciais  às organizações  e portanto  também,   à Nova Fábrica  de Calçados-NFC,  e estes  são três:

I-O Componente Conscientização: É o mais fácil  de se identificar e explicar, pois os gestores e operadores, no nosso caso da Nova Fábrica de Calçados-NFC   conseguem  entender e  demonstrar o que estão  fazendo.  Os operadores e gestores    da Nova Fábrica de Calçados-NFC, devem estar consciente e focados para  que esta sapateira  operada pela simultaneidade,  gere ganhos e vantagens  de produtividade  incomuns pelo interiorização  do Conhecimento nas  mentes de todos os membros desta organização sapateira.   

Esta condição exige mentes abertas pelo Conhecimento desenvolvido e  impulsionado pela  Simultaneidade disseminada por toda esta sapateira em descrição.    

II-O Componente  Automatismo:   É aquele  em que os  operadores sabem automaticamente que devem  operar segundo o fundamento da Simultaneidade.   O automatismo deve alinhar-se com o fundamento da Simultaneidade!.  Este alinhamento  requer um Conhecimento  dominador  efetivo  dos sistemas produtivos da fábrica em descrição  

III-O Componente Coletivivismo  diz respeito  ao Conhecimento  desenvolvido  pelos operadores da fábrica em descrição   e compartilhado com os outros interessados, como  os fornecedores  de produtos e serviços para a fábrica.  O fundamento da Simultaneidade e seus avanços devem demonstrar que há  um coletivismo em ação  na fábrica de calçados em descrição.  A Nova Fábrica de Calçados-NFC  deve criar e consolidar  uma coletividade de produção de calçados baseada na intermediação do  Conhecimento desenvolvido  com os seus  fornecedores  e   compradores, formando uma Coletividade de aperfeiçoamento r gerar   do Conhecimento gerador  de  calçados de forma cooperativada. O Conhecimento desta estrutura produtiva deve ser coletivizado  entre todos  organizações  e pessoas envolvidas.

IV-O Componente Produção Simultânea  e a Taxa de Conhecimento  dos gestores e dos operadores do fundamento da  Simultaneidade  da fábrica em descrição.

Estes fatores estruturam um modelo de produção e de atendimento dos mercados e dos compradores de calçados de modo contínuo,  configurando  e estrutura um modelo  de produção de Conhecimento   organizacional.

As deficiências  de Conhecimento  desta estrutura sapateira são compartilhados  entre os operadores da  Nova Fábrica de   Calçados-NFC    e entre  os  Usuários  dos calçados adquiridos. A terceira parte  envolvida neste compartilhamento de Conhecimento,  são os  Fornecedores  da  Nova Fábrica de Calçados-NFC.

É importante lembrar serem os  usuários dos calçados  a parte mais sensível às não conformidades  dos calçados e por isto,  eles têm  o poder máximo sobre a Nova Fábrica de Calçados-NFC, pois são eles  que “pagam a conta”   quando os calçados  não  alcançam os níveis de  satisfação por eles esperados e desejados. 

3-Promovendo a espontaneidade da geração do Conhecimento para a estruturação  de  sistemas de produção baseados na Simultaneidade plena: Fugindo da  comodização  do  Conhecimento  aplicado  aos sistemas de produção  lineares e sequenciais hoje utilizados  pelas fábricas de calçados.                

É importante quando da  geração de produtos e serviços,  ter-se em mente  a conscientização  de que o Conhecimento, as idéias  e a imaginação podem ser  transformadas  em produtos e serviços, no nosso caso, em calçados. Esta transformação não é nova  para a sociedade!.

A pergunta emergente poro posta é: Podem o Conhecimento e os  fundamentos de estruturação e de   operacionalização de  sistemas de produção,  tornarem-se uma comoditie?

A resposta é: Sim!.   Os fundamentos de sistemas produtivos baseados na  Sequencialidade Linear de operações   criados e desenvolvidos  por Henri Ford   para a produção de automóveis e hoje também  de calçados,  são uma “comóditi”!, ou seja, os fundamentos da  Sequencialidade das  Operações Lineares de sistemas de produção aplicam-se   igualmente   e repetitivamente em   qualquer  sistema produtivo, inclusive na de calçados,  indistintivamente  do modelo de calçado produzido.   

Esta  condição de commodity  não se refere somente  aos aspetos físicos  das estruturas de produção, mas principalmnete,  do modo de pensar  e do modo de projetar as  estruturas  destes sistemas  produtivos.  Não existe  uma espontaneidade  criativa dos sistemas produtivos, pois eles seguem sempre uma mesma regra: Sequencialidade linear de operações  para produzir os calçados.   

Os fatores,   atualidade de moda  dos calçados e de produção   de acordo com estes ditames ,  são totalmente e /significativamente  desprezados  e esquecidos,  porque as estruturas  produtivas – de sequencialidade - se repetem sistematicamente,  gerando perdas invisíveis  encarecedoras  dos calçados.    

Igualmente é real a afirmação: estas estruturas de produção não são espontâneas e muito menos criativas, e sim, são forcadas na sequencialidade  que é rígida!.  A  grande verdade é:  A linearidade e sequencialidade operacional  sufocam e tiram a espontaneidade dos sistemas de produção,  geram perdas  de toda a natureza de modo imperceptíveis,  consumindo tempo e “envelhecendo” os  calçados frente aos ditames da moda e dos desejos dos consumidores.

4-Desenvolvendo a  estruturação da espontaneidade  da criação do Conhecimento  gerador  de  estruturas   produtivas de alta eficiência, baseadas na simultaneidade das operações da Nova Fábrica de Calçados-NFC.  

1-Levando vantagem das  incoerências.

O ambiente  que envolve e cerca as organizações, sejam elas  geradoras de produtos ou  de serviços,  é conduzido pelo  fundamento da  sequencialidade  das operações produtivas.  A pergunta que  aflora é:  Porque Henri Ford escolheu  e optou  pelo o fundamentos da sequencialidade  das operações  dos  sistemas de produção de bens  e de e de serviços?.   Certamente foi esta a lógica  operacional  que lhe pareceu a mais adequada.  Sua mente cartesiana  lhe  mostrou ser este o caminho mais lógico e mais racional. Mesmo que a sequencialidade operacional seja uma incoerência,  ela foi aceita imediatamente  e como uma inovação  fantástica e poderosa, que “derrubou” os  sistemas de produção da época  identificados pela desorganização e sem regramento. O sucesso de Henry Ford e de suas linhas de montagem foi  fantástico.

A segunda guerra  mundial  mostrou que  sistemas operacionais  baseados no fundamento fordista   permitiram  que os EEUU tivesse um papel relevante e de alto destaque neste conflito. Certamente  os aliados não teriam vencido a guerra se  este fundamento operativo não teria  sido  implementado.

A tendência  mundial dos sistemas produtivos é  o da  simultaneidade  que representa a coerência dos sistemas.  

As fábricas  sequenciais  ainda levam   vantagem  competitiva mesmo com a   sequencialidade   incoerente,    porque ainda “não acordaram”   para  a simultaneidade operacional.

A empresas alemãs  e chinesas    e a Nova Fábrica de Calçados-NFC, estão  avançando rapidamente  na  simultaneidade operacional  da produção de bens

2-A interiorização  do Conhecimento   essencial à fábrica

Difundir, apoiar e consolidar o conhecimento relacionado à  Produção Simultânea requer primeiramente  e de modo inevitável, o reconhecimento  de sua existência.  Os gestores e operadores das fábricas calçadistas  devem antes de tudo, reconhecer e acreditar  na sua existência – a simultaneidade-  e nas  suas  incomensuráveis  vantagens competitivas.  Este  proposta necessária  para as fábricas não se  trata   de um modismo, para os  gestores  e  operadores das fábricas  fazerem  experimentos  de modo aleatório.  O que é necessário é uma efetiva  interiorização  da simultaneidade  nas mentes dos operadores  das atuais fábricas   para que aprendam e acreditem na existência real e efetiva  na   Simultaneidade.

3-A intermediação  do Conhecimento da Simultaneidade

O conhecimento do fundamento operacional da Simultaneidade deve ser  intermediado  pela liderança maior da fábrica,  nas mentes dos  demais  gestores     desta organização em descrição,  em um primeiro momento.

Os operadores  da fábrica do nível operacional igualmente  deverão  interiorizar em suas mentes e atitudes,   o fundamento da Simultaneidade.       

Este é o maior desafio  a ser enfrentado pelos líderes  da fábrica que optou  por esta mudança  radical  dos fundamentos  operacionais  de sua fábrica de calçados.

O trabalho dos  gestores  deve  ser  portanto, o de intermediar os fundamentos  da Simultaneidade operacional com os operadores  dos processos de produção dos calçados.  Sem a difusão ativa da Simultaneidade por toda a fábrica em descrição, certamente os benefícios da Simultaneidade serão efêmeros com perdas da capacidade competitiva da fábrica em descrição.

4-A intermediação para a participação 

Os gestores da fábrica em descrição devem ir além da intermediação  do Conhecimento  com os operadores da fábrica em descrição.   Eles devem necessariamente  intermediar  a sua participação ativa  no processo de produção dos calçados.  Sem a participação efetiva dos operadores na operacionalidade  da produção, certamente o fundamento da Simultaneidade não se consolidará e gerará as vantagens  competitivas para  a fábrica em  descrição  nos seus mercados atuais e potenciais. 

5-Intermediação  pela tradução

Certamente esta exigência  aos gestores e aos  operadoras  da fábrica em descrição  é a mais desafiadora, pois  uma vez  tornada a Simultaneidade  um hábito  interiorizado  na Nova Fábrica de Calçados-NFC, o “mundo  externo  da fábrica” continuará  sendo regido pela  sequencialidade linear ou seja,  está   continuará a florescer    nos ambientes externos –os mercados- da fábrica em descrição.  No ambiente de fornecimento dos insumos para a fábrica em descrição, ações de mudança da cultura sequencialita certamente será alcançada  após  o desenvolvimento  de ações  dirigidas para  este propósito.

Certamente os mercados e os  consumidores, por um bom tempo,   continuarão  pensando de modo sequencial.   Esta condição/situação diminuirá o poder  da simultaneidade do atendimento.   Os mercados  deverão  ser alertados e re-educados  para o fator   imediataz   desenvolvido    pela  fábrica  em descrição. É absolutamente necessário que os mercados consumidores  entendam o valor da  Simultaneidade  do atendimento de seus desejos e necessidades de estarem alinhados com  a moda  em  vigência.  A Nova Fábrica  de Calçados-NFC deverá necessariamente  mudar o modo de pensar  dos mercados e dos consumidores, criando o paradigma de  imediatos dos atendimentos de suas necessidades de atualidade de moda dos  calçados ofertados  para a aquisição.                          

Estas colocações buscam demonstrar que a Nova Fábrica de Calçados-NFC  deve ir além da sua condição de produzir  calçados.  Estes produtos são um meio e não um fim!   Ou seja, este fim é o de ver os mercados  e os consumidores como os  geradores  de uma energia  que move  a produção de calçados, ou seja, os mercados consumidores são os que comandam a operacionalidade da  Nova Fábrica de Calçados-NFC alicerçada no fundamento da Simultaneidade!

Quem viver, verá! 

Fonte: Cinética Assessoria

PS.: As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, a opinião da ACI, sendo de inteira responsabilidade de seus autores  

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